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Cassandra havia se retirado para fazer o jantar e pôr a mesa, deixando Alexandre e Vladmir sozinhos com Dario. Vladmir olhava para ele com um olhar de aprovação, mas Alexandre ainda não dava o braço a torcer. Vladmir levantou, foi para a cozinha e voltou de lá com um copo de vinho. Começou a rir, quebrando o silêncio.
– Dario, Dario. – disse, ainda rindo. – Eu te conheço faz três anos... – Sim, senhor. – concordou Dario.
– Eu não sabia que as coisas entre você e a minha irmã iam tão bem assim. – completou Alexandre.
– Bem, no início éramos apenas amigos. – respondeu. – Mas então começamos a nos aproximar cada vez mais.
Silêncio.
– Vou lhe contar uma coisa, Dario. – falou Vladmir. – Quando a Cassandra começou a sair com o Don Lotário, ele já teve péssimos modos. Ao contrário de você.
– Obrigado, senhor. – agradeceu.
– Viu Alexandre? – dizia Vladmir, com a voz um pouco alterada pelo álcool – Aquele estúpido não tem tanta educação como o Dario.
– Então... – falou Alexandre, tentando disfarçar a embriaguez do pai – Tenho ouvido que você pinta quadros. Você tem emprego fixo?
– Sim. – respondeu Dario. – Já faz uns quatro meses que tenho um emprego com horário integral. Faço a produção de comerciais de televisão. Produtos como perfumes ou jogos.
– Interessante. – respondeu Alexandre. – Você ainda pinta quadros?
– Sim. – respondeu. – É como um hobbie.
– Ah, então você pode pintar um quadro pra mim. – pediu Vladmir, tentando se recompor depois do último gole de vinho. Queria uma nova pintura para o meu quarto.
– Irei fazê-la com muito prazer, senhor. – respondeu Dario.
Entrando na sala, Cassandra avisou que o jantar estava pronto. Todos se levantaram e se sentaram. Vladmir se serviu de mais vinho, o que não o poupou dos olhares de reprovação da filha.
– Calma pai. – censurou a filha. – Não encha o copo todo.
O jantar estava ótimo, e a conversa fluiu normalmente. No jantar inteiro, Vladmir tomou seis copos de vinho, o que não deixou de preocupar a filha. Eram onze horas da noite, e Dario ia se despedindo, quando Vladmir se rendeu a embriaguez e vomitou.
– Pai! – gritou Cassandra – Eu disse para se controlar, mas bebeu tanto vinho que...
Cassandra suspirou. Não adiantava chorar pelo leite derramado. Bem, era outra coisa, mas...
– Dario, por favor, ajude a Alexandre levar o meu pai para o quarto. – pediu Cassandra.
Alexandre já havia se posicionado, levando-o nos ombros, mas Dario começou.
– Não, não, Alexandre. Deixe-o comigo. Está muito pesado. – pediu Dario. Com pouco esforço, Dario pegou Vladmir no colo, subiu as escadas e deixou-o em cima da cama.
Ainda visivelmente bêbado Vladmir se desculpou.
– Dario – falou Vladmir – Desculpe por esse meu deslize, que te fez me levar até aqui em cima. Mil perdões.
– Deixe disso, senhor Caixão. – respondeu Dario. – Não foi nada. Agora descanse, por favor.
Saindo do quarto, Dario ainda ouviu:
– Peço perdão mais uma vez, Dario. – pediu Vladmir.
– Não se preocupe. Descanse agora. – repetiu Dario.
Dario desceu as escadas e se dirigiu a Cassandra e Alexandre.
– Vou subir. Meu pai não vai ficar “seguro” sozinho. – falou Alexandre. – Muito obrigado por ter levado o meu pai, Dario. – agradeceu Alexandre – Desculpe pelo ocorrido.
– Não se preocupe Alexandre. – respondeu Dario. – Não foi nada.
Todos se despediram e Cassandra agradeceu novamente. Dario voltou calmamente a pé para casa, se sentindo ótimo consigo mesmo. Havia conseguido a aprovação de Vladmir e Alexandre. Tudo estava ocorrendo tão bem.