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Na rua, Minh lutava para não ser reconhecido. Tentava ir para casa. Tentava ver como estava a sua mãe. Naquela rua, Maria José, a prefeita andava também tentando não ser reconhecida e assediada pela imprensa. Os dois se encontraram de uma forma... Desconfortável.
– AI! – gritaram os dois.
– Você não olha por onde anda? – falou Maria José.
– E você não anda por onde olha? – retrucou Minh.
– Um segundo... Minh? É você? – Maria José reconheceu Minh.
– Maria José? Oi! – Minh a reconheceu também. – Quanto tempo desde aquela viagem! Como anda tudo?
– Muito bem. – respondeu feliz. – E você?
– Mal. – falou Minh.
– O que houve? – perguntou Maria José.
– Não posso falar aqui... – perguntou Minh.
– Claro. Vamos para minha casa. – falou Maria José.
Os dois andaram um pouco e encontraram o motorista que dirigia a limusine de Maria José. Eles foram até Belavista. No caminho, Maria José contou como se tornou a prefeita de Belavista, o que arrancou muitos olhares surpresos de Minh. Os dois entraram na casa e sentaram-se no sofá.
– Parabéns! Sua casa é bastante espaçosa! – elogiou Minh.
– Obrigado. – agradeceu Maria José. – Mas conte-me mais agora sobre você.
Minh suspirou e começou a contar a história toda.
– Estou acabado! ACABADO! – falou Minh – Meu ex-chefe, Magnus Quero-Tudo-Que-É-Seu, me mandou matar Checoleon e queimar a loja dele. Eu... eu não queria fazer isso... Eu juro... Mas se eu não o fizesse, ele iria me demitir, e preciso do dinheiro para cuidar de minha mãe...
Minh parou um segundo. Maria José estava surpresa, e o fitava com atenção.
– Então, quando eu ia fazer, encontrei o meu irmão, Reiko. Ele queria uma carona pra casa de um amigo, mas primeiro eu tinha que fazer aquilo... – falava Minh – Como eu estava demorando muito, ele pegou a arma e matou o tal Checoleon.
Maria José se assustou.
– Meu irmão trabalhava para Magnus também, mas como ele não se dava muito bem com minha mãe, ele nunca contou isso a ela. – confessou Minh – Magnus mandou um homem ir atrás de mim e me matar caso eu não cumprisse a tarefa. O homem se confundiu e acabou matando o Reiko. Agora Magnus está atrás de mim... – suspirou Minh – Ele é muito poderoso. Vila Água Azul não é mais um lugar seguro. Estou tentando achar um lugar para mim e para minha mãe.
Maria José ainda estava bastante surpresa. Magnus já era um problema para ela, e precisava resolvê-lo agora mais rápido do que nunca. Estava na frente de um homem jurado de morte. Pensou um pouco e teve uma ideia.
– Estou também atrás de Magnus já faz alguns meses atrás. – falou Maria José – Ainda não sei como resolver esse problema... E você tem razão. Você e sua mãe não podem ficar sofrendo tanto perigo assim. Venham morar aqui em casa.
– É sério? – perguntou Minh, com uma pontinha de esperança.
– Claro! – respondeu Maria José.
– Não vai ser muito incômodo? – perguntou Minh.
– Não vai ser nada, imagine. – falou Maria José – Minha casa tem espaço de sobra. Enquanto vocês ficam aqui, vamos pensar numa forma de acabar com Magnus.
– Muitíssimo obrigado, Maria José! – agradeceu Minh.
– Não é nada. – falou Maria José. Depois, ela fez uma cara séria. – Só tenho uma exigência.
– Pode falar! Qualquer coisa! – aceitou Minh.
– Vocês vão ter que mudar para cá amanhã mesmo. – falou Maria José, desfazendo a cara séria.
– Pode deixar! – falou Minh. – Muito obrigado, Maria José! Muito mesmo!
– Não é nada. – disse ela, rindo um pouco.
Minh ficou tão feliz que acabou agarrando-a e beijando-a nos lábios. Depois que ele a soltou, ele se desculpou:
– Desculpe, eu... Não deveria ter feito isso. – desculpou-se Minh, mas se alegrou depois.
– Mas é tanta felicidade que... – Minh foi interrompido. Dessa vez, era Maria José que o beijava. Os dois perceberam, então, que eles se amavam. Beijaram-se mais uma vez, e então, Minh foi para casa, pulando de felicidade para a sua casa. Pois havia conseguido duas coisas hoje. Conseguiu um lugar seguro para morar com sua mãe e também descobriu o amor da sua vida.
Minh chegou à casa de táxi e saiu correndo para contar a novidade para a sua mãe. Nem tinha percebido a janela quebrada. Sua mãe estava no sofá, parada.
– Mãe! Mãe! – gritava Minh – Encontrei um lugar para morarmos!
Minh percebeu a indiferença da mãe.
– Mãe...? – perguntou Minh, preocupado – Está tudo bem?
– A Denise esteve aqui. – falou Kayami – Ela queria levar para o Magnus.
– O QUÊ? – a alegria de Minh se desfez. Denise, a melhor amiga da sua mãe tentou levá-la para Magnus, aquele rato maligno?!
– Ela falava sobre uma recompensa... – falou Kayami – De § 50.000... Pra quem pegasse você... Eu estou muito assustada ainda. Consegui despistá-la jogando o abajur pela janela do quarto.
– Bem, não se preocupe mais sobre isso! – animou-se Minh – Sabe a prefeita de Belavista? Ela vai nos deixar viver na casa dela!
– Meu Deus, filho! Que boa notícia! – exclamou Kayami. – Como você conseguiu?
– Eu já conhecia a prefeita há um tempo. Eu contei minha história e ela deixou a gente morar lá. Só que a gente deve se mudar para lá amanhã.
– Vamos fazer nossas malas! – afirmou Kayami. Feliz, Minh seguiu-a.
Mihn e Kayami arrumaram as malas. Em breve, deixariam aquela casa, que seria uma moradia nada segura para a casa da prefeita de Belavista. No dia seguinte, os dois pegaram as malas sem nem olhar para trás. Olhar o quarto do irmão morto traria lembranças que os magoariam. Pegaram o táxi e saíram dali.
Eram cinco horas da tarde quando passavam pelas ruas de Vila Água Azul. Eram bonitas, claro. Mas traziam más lembranças. E isso era o que não queriam.
– Acelera! – Minh pediu ao taxista.