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Minh não acreditava ainda no que fez. Teria deixado de fazer de uma “tarefa” para o poderosíssimo Magnus Quero-Tudo-Que-É-Seu. Depois de ter seu irmão morto, Minh estava na mira de Magnus. Ele estava listado para morrer. Vivia em constante risco. Correu do edifício de Magnus. Pegou seu carro e dirigia para casa. Não olhava para trás. Acelerava, tentando se esquecer de Magnus. Ia direto para casa. Ao chegar lá, correu para o quarto de sua mãe.
– Mãe, temos que fugir! – exclamou Minh.
– O quê? O que está acontecendo, Minh? – perguntou a mãe de Minh, Kayami.
– Estamos acabados! ACABADOS! – falou Minh – Meu chefe, Magnus, me mandou matar Checoleon e queimar a loja dele. Eu... eu não queria, mãe. Eu juro. Mas se eu não o fizesse, ele iria me demitir, e preciso do dinheiro para cuidar da senhora...
Minh parou um segundo. Kayami estava surpresa, e o fitava com atenção.
– Então, quando eu ia fazer, encontrei o meu irmão. Ele queria uma carona pra casa de um amigo, mas primeiro eu tinha que fazer aquilo... – falava Minh, tentando se acalmar – Como eu estava demorando muito, ele pegou a arma e matou o tal Checoleon.
Kayami se assustou. Ela não sabia que seu outro filho, Reiko, trabalhava para Magnus também. E nem sabia que seu filho teria a audácia de matar alguém.
– Magnus mandou um homem ir atrás de mim e me matar caso eu não cumprisse a tarefa. O homem se confundiu e acabou matando o Reiko.
Kayami começou a chorar. Reiko poderia aprontar e ser desleixado... Mas ela ainda acreditava que ele poderia se tornar uma boa pessoa. Minh a consolou. Depois que ela se acalmou e parou de chorar, Minh continuou.
– Agora Magnus está atrás de mim... – suspirou Minh – Ele é muito poderoso. Vila Água Azul não é mais um lugar seguro. Vamos arrumar nossas malas agora.
Kayami acabou por acalmar o filho.
– Não. Hoje não, Minh. Entendo a gravidade da situação, mas não podemos sair por aí sem nenhuma ideia para onde vamos e onde ficarmos.
Minh suspirou.
– Está bem, mamãe. Eu vou procurar um lugar para nós amanhã. Enquanto isso, a senhora fica aqui.
– Vamos dormir filho. – falou a mãe.
Os dois foram para suas camas, mas nenhum dos dois conseguiu dormir um segundo sequer. Kayami ainda pensava na morte do seu filho. Minh pensava em poder se esconder o máximo que conseguisse das garras de Magnus. A noite passou, e o dia apareceu. Kayami preparou o café da manhã. Minh então foi em direção à porta e sua mãe o seguiu.
– Lembre-se, mãe. – informou Minh – Segurança primeiro. Fique em casa, não saia nem pro jardim. Não abra a porta para estranhos. Você não sabe quem poderá ser o homem que Magnus mandou aqui.
– E lembrar que... – falou Kayami – Eu fazia isso com você quando tinha dez anos.
Os dois riram de leve. Era bom descontrair um pouco, depois de toda a tensão. Minh saiu. Kayami fechou a porta e ligou a televisão. No noticiário, mostravam as mortes que ocorreram à noite.
– Ontem, por volta das oito horas da noite, um duplo homicídio aconteceu na frente da loja local Móveis Finos Ramirez. O proprietário, Checoleon Ramirez, 33 anos, foi assassinado na frente da própria loja e Reiko Kimisha, 24 anos, morto no mesmo local.
Kayami acompanhava a notícia ainda triste, pela morte do filho.
– Não se sabe ao certo quem matou Reiko Kimisha, e nem o motivo do assassinato dos dois. Momentos depois do assassinato, um morador ligou para a emergência do hospital, como fala o paramédico Damião Jambo.
A câmera mostrou o paramédico, que gravava a entrevista já no hospital.
– Recebemos a chamada de um morador local por volta das 8 horas e 45 minutos da noite, aqui no hospital. Um homem chamado Minh Kimisha, suposto irmão da vítima, ligou para o hospital, informando que o senhor Ramirez e seu irmão haviam sido baleados.
Kayami estava atenta na televisão. “Minh não contou nada sobre isso...”. Mas logo, um policial chamado Rafael Teixeira foi entrevistado.
– Quando chegamos ao local, nossa equipe de perícia começou a trabalhar. Impressões digitais tiradas da arma mostra que o Minh Kimisha, o irmão da vítima, segurou a arma também, mas foi Reiko que atirou no senhor Ramirez. Isso nos faz suspeitar que o senhor Minh quisesse retirar a arma da mão do irmão, mas mesmo assim, não conseguiu evitar que o disparo ocorresse.
Kayami não desviava a atenção da televisão. Até que alguém bateu à porta.