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Dados[]
Antes e Depois é o segundo episódio da simsérie Twinbrook Puzzles, que começou a ser escrito em 9 de julho de 2013, e foi finalizado em 21 de julho de 2013. Todos os personagens fixos da simsérie aparecem no episódio, que também conta com a aparição de dois personagens do elenco de apoio, Susan Garrett e Robert Pierson. O episódio foi lançado em 28 de setembro de 2013.
Episódio[]
O telefone tocava continuamente no bolso de Selma Portland. A mulher se esforçava para ignorá-lo, mas, naquele momento, já estava absolutamente impossível. Bem, não para ela. Afinal, se dependesse apenas de Selma, o aparelho poderia continuar tocando, que ela jamais lhe daria atenção:
– Selma, querida... – Cameron disse, tentando ser gentil. – Tem certeza de que não vai atender a ligação? Talvez seja importante, não acha? Tem certeza de que não é da empresa? Já faz uma semana que seu telefone toca várias vezes por dia e você não dá atenção...
– Ora, Cameron, não se preocupe... – A esposa tentou tranquilizá-lo. – Faz uma semana que chegamos em Twinbrook, aparentemente são meus antigos colegas de Sunset Valley querendo saber por que eu resolvi me mudar. Prefiro não ter essa conversa com eles, tenho certeza de que não entenderão nossos motivos.
Cameron preferiu não voltar ao assunto, mas não se acalmou totalmente. Selma daria tudo no mundo para que pudesse desligar aquele aparelho, mas como o marido dissera, ela pertencia à diretoria de uma grande corporação, ou seja, precisava manter seu celular ligado, e próximo.
No Calçadão, dois amigos conversavam entusiasticamente. Jessica Dawson e Edward Gladwin tinham pensamentos e desejos completamente diferentes um do outro, mas eram amigos desde o ensino fundamental. Foi Edward que, embora bastante tímido, convenceu Jessica a enfrentar o preconceito dos outros moradores da cidade e entrar na carreira militar. Enquanto isso, Jessica tentava convencer o amigo a se mudar da casa de seus pais.
– Não, Edward, eu falo sério... – A garota argumentava. – Você já saiu do ensino médio, já concluiu a faculdade. Não acha que já está na hora de deixar seus pais curtirem um ao outro e começar a viver a sua vida?
– Ah, Jessica... – Ele respondeu. – Não sei... Não sei se consigo deixá-los, digo, eu não tenho mais ninguém além deles e de você. Como posso simplesmente sair e começar outra vida?
– Ora, todo mundo faz isso um dia, Edward... E quando seus pais não estiverem mais aqui para ficar ao seu lado? E quando você se deparar sozinho naquela casa? Em algum momento você vai ter que aceitar a mudança. Mudanças são inevitáveis. O garoto ficou um pouco pensativo.
– Mesmo assim, caso eu decida me mudar... Não tenho para onde ir, não tenho dinheiro. Ainda não comecei a trabalhar depois da formatura.
– Não se preocupe com isso. – Jessica respondeu. – Eu te conheço há quinze anos, o mínimo que posso fazer é deixar você morar comigo.
– Com você? – O garoto ficou espantado e arregalou os olhos para sua amiga. – Não, de jeito nenhum... Não vai acontecer.
– Nossa, e por que não? – Jessica estranhou seu comportamento. – Qual é o problema de você se mudar para minha casa? De qualquer forma sabemos que não será permanente, você logo terá dinheiro para encontrar uma casa melhor só para você, ou então até mesmo possa construir outra casa... Não entendi essa sua repulsa.
– Não, não, não se trata de repulsa. – Ele tratou de corrigir o erro. – É só que...
– Sim? – Edward parecia hesitante em responder.
– Bom, não sei, só acho que não seria uma boa ideia.
– Ah, Edward, às vezes eu simplesmente não te entendo... Acho que já está na hora de entrar no expediente – Jessica se preparou para partir. – Bom, façamos o seguinte: você pensa um pouco a respeito da proposta que lhe fiz, e depois pode me procurar, tudo bem? – O garoto assentiu. – E pense bem, é uma boa ideia morar comigo. Pense em sua independência!
Naquele dia, Sylvia Wright decidiu tirar uma folga e dar um passeio pelo Centro Urbano de Twinbrook. A semana havia sido muito pesada com a chegada do Sr. Braxton à cidade, alterando várias regras e protocolos da sede local de sua empresa. Como Chefe de Departamento, portanto, ela era uma das principais responsáveis por garantir que essas alterações se concretizassem. Além de tudo, o que melhor para impressionar o chefe do que uma boa primeira impressão.
Bom, se ela havia se saído bem ou não, deixaria para descobrir na segunda-feira. Poderia ter chamado sua amiga Susan para irem juntas ao Centro Urbano, mas a mulher preferiu continuar em serviço naquele dia. As duas, no entanto, já haviam marcado de se encontrarem na East Side Night Club, no dia seguinte, para tirarem a cabeça do trabalho por algumas horas, e encontrar alguns garotos à procura de diversão. Foi então, naquele momento, que Sylvia notou um homem andando em sua direção... E era um rosto conhecido.
Ela tentou disfarçar, virando-se para outro lado, e começou a admirar as árvores do parque. O homem não poderia tê-la visto, poderia? Definitivamente não ficaria lá por muito tempo para descobrir. Começou a andar apressadamente em direção ao ponto de táxi, quando alguém lhe gritou, e ela confirmou suas suspeitas a respeito da identidade do homem que vira:
– Sylvia! Sylvia! – Ele gritava. – Volte aqui, Sylvia...
A mulher continuava a correr como se sua vida dependesse disso. Infelizmente, para ela, o homem foi mais rápido, e conseguiu alcançá-la, puxando-a pelo braço.
– Sylvia! – Ele disse. A mulher ainda tentou evitá-lo, virando seu rosto. – Então é isso? Você vai fugir de mim? Como da última vez, na empresa? As palavras arderam fulminantemente em seus ouvidos. Como não encará-lo agora?
– Fugir, Robert? – Ela disse em um tom de voz um pouco mais alto. – Você acha mesmo que é isto que estou fazendo? Fugindo? Estou fugindo, porque estou amedrontada, com medo que Robert Pierson converse comigo, ou se aproxime de mim? Por favor... Com licença! – Ela tentou se aproximar novamente do ponto de táxi.
– Você finge que eu não existo... Como pode fingir que eu não existo depois de tanto tempo?
– Não, Robert, eu não finjo que você não existe... – Ela dizia, enquanto uma veia pulsava em sua testa. – Mas eu te garanto que tento o máximo possível! Quem me dera poder fingir que você não existe. Quem me dera passar por você e não sentir absolutamente nada!
– E tudo pelo que passamos juntos? – Ele perguntou. – Você está disposta a simplesmente esquecer tudo o que aconteceu, Sylvia?
– QUERO SIM! – Ela berrou, atraindo muitos olhares indesejados de outros moradores e visitantes locais.
– Sim, eu quero esquecer tudo, Robert... Quero apagar de minha memória todos os doze anos em que estivemos casados! Então por que diabos você não me deixa fazer isso? – Pela primeira vez, para sua satisfação, o homem ficou calado. Nem mesmo uma mísera provocação saiu de sua boca. Ela abriu a porta do primeiro táxi que encontrou e se sentou no banco traseiro:
– E a propósito... – Disse, encarando o ex-marido pela última vez. – Esqueceu que foi você quem simplesmente decidiu que não queria passar nem mais um minuto ao meu lado, e pediu o divórcio? Não ouse falar a respeito de minhas fugas, se nem ao menos consegue lidar com as suas! – Ela terminou deixando o Centro Urbano de Twinbrook. E ela pensou que aquele seria um dia para relaxar...
O jardineiro James Montgomery acabara de receber um novo trabalho na cidade, e estava a caminho de seu destino. Ficou tremendamente espantado ao perceber que cuidaria das plantas do Edifício de Produtos de Ponta.
Apesar de reconhecer que era um jardineiro muito bom, nunca em sua carreira havia sido chamado para cuidar do jardim de um lote tão grandioso como aquele. Quem poderia tê-lo chamado?
– James! – Uma voz exclamou ali por perto. Era Selma Portland, que se aproximou e o cumprimentou com um abraço. Eles não se viam desde o dia em que ele “reformou” a área externa da empresária. – Que bom que veio... Uma das Gerentes de Divisão comentou comigo que há anos gostaria de chamar um jardineiro para retocar as plantas daqui, mas aparentemente não conseguia encontrar ninguém. Na hora lembrei-me de seu incrível trabalho lá em casa!
O garoto apenas conseguiu sorrir. O celular da mulher começou a tocar em seu bolso, e ela revirou os olhos, impaciente. Por mais quanto tempo teria de aguentar aquilo?
– Bem... – Disse ela voltando para o interior do edifício. – Bom trabalho, então!
– Obrigado! – Ele respondeu, com bastante esforço. Sua timidez com figuras mais importantes do que ele era realmente perturbadora. Principalmente porque Selma realmente parecera gostar dele. O jardineiro mal havia se ajoelhado e começado o seu trabalho, quando notou que uma mulher estava se aproximando dele. Não a conhecia. Então por que ela continuava a se aproximar? Estava perto demais...
– Olá... – Ela disse, enquanto parou logo à sua frente. Sua voz aveludada soava como música para os ouvidos do garoto. Quando ele teve coragem de encarar o seu rosto, ficou ainda mais impressionado. – Parece que você é bom mesmo, não é? – Ela perguntou.
Ele se manteve um pouco em silêncio até que finalmente conseguiu proferir uma frase:
– Ora... Que nada... É muita bondade dela, na verdade.
– Ah, entendi. Vocês estão juntos, então? – O sorriso cativante da garota se transformou em um rosto entristecido, bastante digno de pena.
– Não! Não! – Ele se apressou em negar, de modo que ela percebesse sua disponibilidade. – Não estamos juntos, ela é casada, e eu solteiro... Apenas cuidei do jardim dela há uma semana... Nada, além disso.
O seu maior desejo naquele momento era que alguém o mandasse calar a boca, antes que ele estragasse tudo, como fizera com as últimas garotas que, aparentemente, mostraram sentir algum interesse por ele. Para sua surpresa, a garota sorriu.
– Hm, solteiro? Que bom, então... – Ela estendeu sua mão. – Meu nome é Helena Allard, sou uma estilista da cidade. Muito prazer.
– Muito prazer, Helena. Eu sou James Montgomery, o jardineiro. – Ele disse, rindo. A garota também deu uma risadinha, algo que o tranquilizou significativamente.
– Bem, James... Este é meu número. – A garota escreveu algo em um pedaço de papel que tirou do bolso, e o entregou ao rapaz. – Quando você puder, me ligue para marcarmos alguma coias. Estou ansiosa para te conhecer melhor...
As pernas de James Montgomery podiam estar tremendo, mas, para sua sorte, ele conseguiu assentir, assegurando à garota que ela receberia a sua ligação. Um encontro? Estava prestes a ter um encontro com uma garota maravilhosa como aquela? Será mesmo que tudo aquilo que estava acontecendo em sua vida era real?
Peter e Thereza marcaram de se encontrar novamente, desta vez na Loja de Consignação. A mulher usava seus trajes formais, pois teria um grande encontro naquela noite, com um de seus namorados. Não que Peter precisasse saber daquilo:
– Vou sair com Helena, é um evento para estilistas... – Ela dizia sorrindo para o amigo. – Agora que sou um fenômeno da moda, preciso atender a festas como essa. E quanto a você, vai mesmo se encontrar com ela hoje?
– Parece que sim... – Ele disse um pouco inseguro. – Marcamos às oito horas.
– Lembre-se de tudo o que nós combinamos, Peter. – Dizia ela. – Este encontro é crucial, você não coloque tudo a perder agora!
– Pode deixar, vou me lembrar. – Ele disse. – Vai dar tudo certo... Você já resolveu o problema com Susan?
– Nem preciso... – Ela lhe lançou um olhar malicioso. – Tudo se resolverá sem mim.
Há alguns dias, Thereza Allard e Susan Garrett haviam se envolvido em uma feroz discussão, perto do Hospital da Fundação Twinbrook. As irmãs Allard definitivamente não se davam muito bem com Susan e Sylvia, principalmente pelas amigas serem grandes empresárias no Edifício de Produtos de Ponta, não demonstrando grande interesse e respeito pela carreira estilista das irmãs. Antes que a discussão se tornasse uma briga com agressões físicas, um residente do hospital resolveu intervir, levando Susan para dentro do prédio.
O Dr. Fabius Norwood e Susan Garrett criaram uma amizade naquele mesmo dia, e marcaram de se encontrar novamente. Os dois estavam na Biblioteca Comunitária Beira-Lago, e somente agora Fabius notava o quanto os olhos da moça eram atraentes.
– Já te agradeci por me ajudar naquele dia? – Ela disse.
– Já, várias vezes, e eu já disse que não foi nada. – O médico respondeu sorrindo.
– Estou muito feliz por termos nos encontrado de novo.
A mulher ficou um pouco receosa ao ouvir aquilo. Rapidamente se levantou do sofá em que estavam e anunciou que precisava ir para casa, deixando Fabius extremamente confuso.
Aparentemente, Susan não estava interessada nele, do modo como ele estava nela.
Aquele não fora um dia muito bom, e Sylvia Wright precisava definitivamente de um descanso. E o que seria melhor para esquecer o trauma de uma discussão com o ex-marido, de doze anos de casamento, do que um encontro à luz de velas com o atual ficante, de poucas semanas de apenas beijos e sexo?
Ele definitivamente não fazia o tipo de Sylvia. Para começar, não era lá muito compromissado com trabalho, pois tinha uma boa reserva de dinheiro, mesmo que não morasse em nenhuma mansão. E, como se não fosse suficiente, ainda era catorze anos mais jovem do que ela. O único motivo pelo qual nada daquilo incomodava a empresária, era porque ela sabia que nada de sério poderia sair de um relacionamento como esse. Mas era tão divertido. E, o melhor de tudo, ajudava-a a superar o fim de seu casamento.
Assim que seu amante a deixou entrar, eles foram diretamente para a cama. Como era bom dormir com Peter Andrews.
O telefone tocou mais uma vez aquele dia. Cameron não estava em casa. Bom, que mal faria atender, não é mesmo? Afinal, aquilo precisava parar. Selma estava cansada de toda aquela perseguição, que não ocorrera apenas durante a última semana. Somente ela sabia que há anos tentava evitar atender tais ligações, embora apenas nos últimos dias elas tivessem se intensificado:
– O que você quer? – Ela perguntou. – Já disse que não quero ser incomodada... Não, já deixei claro que não quero conversar com você! Deixe-me viver em paz, pare de me ligar!