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- Sra. Débora, poderia nos contar o que aconteceu naquele dia? - Edna, a entrevistadora da revista Náufragos a pergunta. - Claro. - Débora responde com muito bom humor. - Eu estava em um navio a caminho do Clube Meio Queda, até que ele pegou fogo por causas desconhecidas. Me agarrei a um baú que havia dentro no navio e pulei no mar, com a pancada na cabeça eu desmaiei. Quando acordei estava numa ilha, a primeira coisa que fiz foi gritar por alguém, como ninguém me respondeu eu corri desesperada até que bati a cabeça numa palmeira. Quando acordei já sabia, eu estava presa na ilha. Como eu estava ali, sozinha, eu coloquei o nome da Ilha de Felicidade, claro que um lugar chamado Felicidade não poderia acontecer nada de ruim, certo? Como eu já tinha feito um curso no exercito, sim, uma patricinha já foi para o exercito. Continuando..
Como eu já tinha feito um curso no exercito eu subi em um coqueiro e peguei uns cocos pois estava com bastante sede, abri um e bebi a água dele.
O gosto não era igual aos que compravam para mim, mas era a única coisa que eu tinha para não morrer de sede naquela ilha.
Fui explorar a ilha, achei uma base para uma jangada e um baú enterrado. Coloquei ele perto de um mamoeiro e escrevi no meu diário.
"Como foi que eu vim parar aqui? Quando irei sair? Não sei o que fazer, como eu queria que meu mordomo estivesse aqui, vou sentir saudades, Alfred."
Fui explorar a ilha novamente a procura de algo para cortar as madeiras e fazer uma fogueira por causa do frio e também pra esquentar o que eu pudesse conseguir no mar que tinha perto da ilha.
Achei uns galhos de madeira, corri pra cortar. As pedras já estavam em formato de fogueira perto do baú, o que era estranho. Pensei na hora que alguém já viveu e conseguiu fugir de lá. Fiquei pensando como ele conseguiu.
Coloquei a madeira na fogueira, só faltava as pedras certas para poder acender, procurei em tudo quanto é lugar até que achei perto de espinhos. Corri pra pegar, já que estava anoitecendo, segundo o que eu aprendi no exercito.
Arranhei um pouco o braço, mas consegui pegar, acendi a fogueira e me esquentei.
Depois fui procurar algo para poder pegar os peixes do mar que havia lá, peguei uma vara de bambu e a afiei com as pedras que usei pra acender as fogueiras.
Fui correndo pro mar, de inicio a estaca só conseguiu pegar meu próprio pé mesmo. *risos*
Depois eu fui melhorando a mira e peguei um peixe, fui correndo pra fogueira que foi apagada pelo vento.
Acendi ela e coloquei o salmão pra fritar.
Peguei umas folhas de bananeira e corri pra colocar o salmão, que já estava queimando minha mão.
O salmão que eu fiz estava melhor do que muitos restaurantes de sushi de Belavista. Fiquei muito feliz por ter feito alguma coisa sem meu mordomo.
Depois, achei uma barraca nos restos de um avião, montei ela perto do baú e da fogueira.
Depois de tomar banho no mar, fazer minhas necessidades em uma árvore que tinha do lado das minhas coisas, fui dormir.
De noite escutei uns barulhos estranhos, mas estava tão exausta que acabei nem ligando e adormeci como uma pedra.
Quando acordei, parecia que tinham dado uma festa na Ilha da Felicidade. Cocos sem casca caídos, cascas de bananas também. Além de que mexeram no meu baú e levaram todos os suprimentos de cocos e bananas que eu tinha guardado, logo vi um macaco vermelho. Quando me aproximei ele saiu correndo.