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Traço Doméstico (TS4)
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Nota do(a) autor(a)
Veja detalhes sobre o que vai acontecer com a série aqui.


Já fazia seis meses que Maria José e Daniel se divorciaram. Ela estava ótima consigo mesma. Tudo ocorria bem em seu trabalho, e o topo da carreira estava se aproximando cada vez mais e mais. Ela adorava seu trabalho, mas queria umas férias.

“Bem, tenho uma semana de férias.”, disse ela, lendo o jornal. “Para onde vou? A montanhosa Três Lagos? As belas praias da Ilha Twikkii?”. Ela parou, e olhou noutro anúncio. “Vila Takemizu? Uma vila oriental!”, pensou. “Vamos ver mais o que temos aqui.”

Ela seguiu com o dedo no jornal, lendo tudo o que era oferecido. Fez alguns cálculos também. “Só com as passagens de avião gasto § 300 ida e volta”, pensou. “Ora o que temos aqui?”. Maria José havia encontrado uma casa de férias a venda. Era espaçosa, bonita. Custava cerca de § 25.000 e já estava mobiliada. “Tenho já isso no banco.”, pensou confiante. “Está feito. Essa casa é minha!”.

Dois dias depois, quando as férias de Maria José do serviço começaram, ela partiu direto para a Vila Takemizu. A viagem de avião fora perfeita, e ela chegava em Vila Takemizu à tardinha. 

– Obrigado. – agradeceu ao taxista.

“Bom, vamos conhecer minha nova casa.”, pensou. Ela passou pela porta da frente e conferiu todos os quartos. Tudo na perfeita ordem. Trocou de roupas e foi dormir. Logo de manhã, ela tomou seu café calmamente, e saiu para conhecer os pontos turísticos. Tirou fotos em vários monumentos, arquiteturas. Fora tudo ótimo. 

Maria José também visitou um antigo parque do santuário da sorte. Parecia um bom lugar. Maria desfrutou de chirashi, um típico prato oriental feito de peixe e jogou Mahjong (um jogo de tabuleiro). No início da noite, depois de uma última partida de Mahjong e um último prato de chirashi, Maria José viu o objeto que realmente dava nome ao lugar. Um pequeno santuário da sorte. 

– Jogue uma moeda e faça um pedido. – disse Minh, um homem que também estava de viagem por ali.

Maria José obedeceu. Pegou uma moeda e pensou no que ia pedir. Mas alguns maus pensamentos a atordoavam. Pensava que todo esse tempo que havia passado com seu ex-marido Daniel foi uma perda de preciosos anos. Que lhe renderam apenas vergonha, quando descobriu que tinha sido traída. Mentalmente, Maria José pediu: “Eu desejo recuperar alguns anos da minha vida”. Uma aura verde flutuou sobre o santuário, mas nada de mais instantâneo aconteceu.

– Boa noite a todos. – falou – Obrigado por tudo!

Todos se despediram e foram para suas casas. Maria José ainda andava pela calçada, em direção a sua casa quando uma nuvem apareceu na sua frente. Quando viu, era um ninja.

– AH! – gritou Maria José.

– Não tenha medo, Maria José. – falou confiante, o ninja. – Não irei lhe machucar. Pelo contrário. Vim aqui para lhe propor um desafio. 

Pausa.

– Tenho acompanhado você durante essa viagem. E vi que você está sempre disposta a conhecer coisas novas. – falou. – Para ver se você está preparada, você deverá completar uma frase e deve completá-la corretamente. 

Silêncio.

– A ignorância começa quando se pensa que...

– ...a espada é mais forte que a mente. – completou Maria José.

– Parabéns, Maria José. – o ninja parabenizou. – Você tem o poderoso dom da inteligência. Junte-o com o poder da bondade e várias portas se abrirão para você. Você vai receber o dom da tele transportação, mas não irá ensinar isso para mais ninguém.

O ninja aproximava seu dedo indicador cada vez mais na testa de Maria José, até que o ninja golpeou-a com ele, Maria José adormeceu no mesmo momento, enquanto o ninja pronunciava palavras em baixo som. Desapareceu novamente numa nuvem.

Maria José acordou no dia seguinte no seu quarto. “O que aconteceu?”, ela se perguntou. “Será que isso tudo foi um sonho?”. Nesse momento, uma voz ecoou em sua mente. “Não, Maria José. Não foi um sonho.”. Maria José se sentiu confusa, e perguntou: “De onde vem essa voz? Quem é você?”.

A voz, porém, não se pronunciou. “A resposta para essa pergunta não precisa ser dada. Ela está dentro de você.”. Ela ficou em silêncio, mas a voz dentro de sua mente continuou. “Concentre-se, Maria José.”. “Entre em sintonia com o seu eu interior.”, ordenou.

“Você agora tem o poder da tele transportação. Sinta-se como uma borboleta voando e você conseguirá se tele transportar.”, falou a voz. “Você não me ouvirá mais neste momento. Mas eu sempre estarei dentro de você, para guiar-lhe para o bom caminho”. Maria José se sentiu ótima depois daquilo. Ela imaginou o que a voz havia lhe pedido, e conseguiu seu objetivo.

“Bom, já chega por enquanto.”, disse ela para si mesma. “Vamos conhecer mais sobre essa ilha amanhã.”. Maria José foi para casa, e dormiu o melhor do que nunca. Tomou seu café da manhã e seguiu andando para conhecer mais o lugar. Então um lugar lhe chamou a atenção. Um velho sábio estava no topo de uma montanha, meditando.

Ela se aproximou cada vez mais, até que, mesmo de olhos fechados, o homem sentiu sua presença.

– Olá, Maria José. – falou o sábio. – Aproxime-se.

– Desculpe-me... Eu... Não deveria ficar lhe observando assim... – Maria tentou se desculpar.

– Não. – falou o sábio. – Você fez a coisa certa. Aproxime-se, e venha se servir de chá.

Educadamente, Maria José se aproximou. Ajoelhou-se, pegou o bule e serviu o chá para o sábio e para si mesma. 

– Sinto no seu coração e na sua mente muitas dúvidas. – afirmou o sábio. – O que acontece com você, minha filha?

– Eu... – ainda envergonhada, Maria José abriu o jogo.  – Não entendo muito bem. Muitas pessoas me conhecem, mas eu não as conheço.

– Não se aflita por isso, filha. – acalmou o sábio. – A vida é feita de encontros. E vários deles são espontâneos. Você não escolhe conhecê ou não. A vida junta vocês.

Maria José concordou, e se impressionou com a resposta do sábio. Ele terminou sua xícara de chá e começou a falar.

– Maria José, eu vejo em você uma alma parecida como a da pequena Indira Kimisha. Você não a conhece. Tenho certeza. – falou o sábio. – Vou lhe contar a sua história.

Indira Kimisha era uma garotinha de apenas oito anos de idade, que vivia num lugar muito distante da Vila Takemizu. Ela era uma garotinha curiosa, porém muito sábia e tolerante. Ela vivia com os pais numa vila que vivia uma paz imensa, que invejava vários outros lugares.

Um dia, então, uma patrulha de guardas invadiu o pequeno vilarejo, sob o comando de uma espécie de “ditador”, chamado Quiao Cho. Esse ditador forçava a todos os habitantes a se tornarem completos ignorantes.

Soldados fecharam e queimaram a escola da região, a Escola Forte Samurai, queimaram seus livros e sua biblioteca. Quiao também mandou guardas juntarem todos os livros que existiam no vilarejo, a fim de que fizessem uma grande fogueira no centro da vila. Os professores e intelectuais foram todos mortos.

O pai de Indira era um grande intelectual do lugar. A mãe dela, uma professora muito conhecida na região. Os dois foram mortos pelo mesmo soldado, pois não queriam ceder os livros da casa. Indira gostava de ler, e fora muito incentivada pelos pais. Ela então, se agarrou em um livro. 

O soldado, depois de ter matado seus pais, a encontrou encolhida num canto da casa, e obrigou-a a entregar o livro que agarrava com tanta força. Ela teimava em não o dar. O guarda apontou a espada para ela. Indira saiu correndo do lugar. Antes de fugir, ela pegou uma pequena sacola.

Indira botou o livro na sacola. Quando um guarda passava por perto dela, ela fingia que eram apenas compras. A população da vila fora quase dizimada, mas felizmente, Indira conseguiu fugir. Com o passar dos anos, ela andou recolhendo mais livros, e por onde passava, não deixava de ensinar alguma coisa para alguém que passava.

Foi assim que ela conseguiu sua primeira e melhor amiga. Elas seguiram juntas, lendo e ensinando. Passaram por vários e vários vilarejos, até que pararam e fundaram uma escola. Elas conseguiram ajuda com a mão de obra, e várias outras casas foram construídas ao redor. Infelizmente, vários outros vilarejos ao redor daquela pequena cidade que ia se formando, tinham uma espécie de ditador, evitando que as pessoas aprendessem ou lessem.

A cidade mantivera sigilo sobre a existência da escola. Infelizmente, em um dia, um estudante revoltado com Indira entregou a localização do lugar para os outros “ditadores”, até que Indira foi capturada e morta.

Maria José tinha muitas coisas parecidas com Indira. Adorava ler, era tolerante com os outros, mas não suportava ignorância. 

– Obrigado, senhor. – respondeu Maria José. – Essa história realmente me emocionou.

– Espere. – chamou o sábio. – Antes que você se vá, quero lhe ensinar uma técnica. Além de relaxar, ela irá exercitar também a sua reflexão consigo mesma.

Maria José aprendeu a técnica. Era uma ótima forma de relaxar, sem contar que, pelos seus movimentos lentos, estimulava a conversa consigo mesma, para encontrar o seu eu interior.

– Maria José, você é como uma Indira Kimisha dessa época. – concluiu o sábio. – Siga seu exemplo.

O sábio parou por alguns segundos. Fechou os olhos e foi embora. Havia se tele transportado como o ninja. Ela ficou alguns segundos sozinha, até que um fantasma apareceu. Era uma mulher idosa, cabelo grisalho como prata e olhos cinzas marcantes.

– Maria José. – falou o fantasma. – Sou eu, Indira. Agora que você ouviu sobre mim, deve saber que temos bastante coisas em comum. Vim aqui para lhe dar mais um aviso. Siga o lado do bem. Seja persistente. Faça de tudo para combater a ignorância na sua vida como eu fiz. Eu confio em você. Sei que o fará, e sei que o fará bem.

O fantasma desapareceu. Anoiteceu e Maria se retirou. Tinha que ir para casa, pôr tudo novamente nas malas para voltar para casa. Nessa viagem, Maria José levaria mais do que lembranças e fotos. Levava também conhecimento e lições para a vida toda.

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