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Belavista está repleta de segredos. E alguns deles são realmente muito… intrigantes, podemos dizer. Várias coisas costumam acontecer por debaixo dos panos, e uma dessas coisas se chama Jeanie, a filha de Don e Dina.
Desde que nasceu ela tem ficado com um grande amigo de Don, Hal Breckenridge Jr., que vive no centro da cidade. No entanto, Hal é um mulherengo como Don, e Jeanie teve que aprender a sobreviver por si só com um adulto (ir)responsável tomando conta dela.
Mas, como ela é nova demais para cozinhar qualquer coisa, ela viveu esses últimos anos a base de salgadinhos e volta e meia alguns sanduíches, o que não contribuiu para a saúde (e o peso) dela. Como Hal não consegue deixar nada limpo, ela teve que fazer a limpeza do local também. Ela vive anotando os seus pensamentos e cada dia seu no diário.
– Porque eu não vou poder ficar com ela, Don. – falou Hal – Acabei de me casar e estou saindo em lua de mel.
No fim de tarde de quarta-feira, Don recebeu a inesperada visita de seu amigo, Hal. E ele trazia Jeanie junto. Os dois entraram e logo e Hal pediu se eles pudessem se sentar. Don aceitou, mas logo perguntou:
– O que houve, Hal? – perguntou Don – Porque você trouxe a Jeanie pra cá?
– Porque eu não vou poder ficar com ela, Don. – falou Hal – Acabei de me casar e estou saindo em lua de mel.
– Wow! – falou Don – Você se casou e nem me convidou?
– Desculpe, Don, mas foi uma coisa fechada. – falou Hal – Além do mais, eu acho que ela não queria que você viesse… Não sei por quê.
– E quem é ela? – perguntou Don.
– Ah, ela veio comigo. Deve estar na frente da casa agora. – falou Hal, levantando-se – Querida, vem cá!
A mulher que saiu de lá de fora Don já conhecia muito bem: era Catarina! A mesma Catarina que lhe pegou a traindo e – quase – casando com outra mulher.
– C-Catarina? – falou Don.
– Ah, oi Don. – desprezou Catarina. Ela estava muito mais linda desde a última vez que eles se viram, e Don não conseguiu deixar de dizer isso a ela. Impaciente e desgostosa, ela apenas respondeu: – Eu sei. – Ela não aguentou ficar mais um segundo ali perto e saiu.
– Cara, não sei como você conseguiu deixar esse avião passar! – falou Hal.
– E pra onde vocês vão? – perguntou Don, inconformado com a sua recém-desvalorizada fama de galanteador.
– Vamos para Ilha Twikkii. – falou Hal.
– Mas… mas eu não tenho como ficar com ela! – reclama Don.
– Você vai ter que arranjar alguém, Don! – fala Hal – Eu realmente não vou poder ficar com ela.
Don suspirou, levantou-se e logo disse:
– Está bem, Hal. Você foi um ótimo amigo me ajudando com tudo isso. Te desejo sorte na sua nova vida com a Catarina. Boa viagem!
– Está bem, Hal. Você foi um ótimo amigo me ajudando com tudo isso. Te desejo sorte na sua nova vida com a Catarina. Boa viagem!
– Obrigado, Don. – falou Hal – Vou ter que ir agora, se quiser chegar à Ilha Twikkii de manhã. Valeu, Marcinha! – disse Hal, cumprimentando Jeanie.
– Valeu, Hal! – gritou Jeanie – Até!
Don estranhou todas essas gírias, mas ignorou tudo isso. Anoiteceu.
– OK, pai… – falou Jeanie – Aonde eu vou dormir?
– Você dorme aqui no sofá. – falou Don, mostrando-lhe o sofá – Olha, eu não tenho nenhum colchão ou algo do tipo, então…
– Então o quê? – perguntou Jeanie.
– Então é isso. – falou Don – Mas se preferir também, o chão é serventia da casa.
Don gargalhou, mas Jeanie não achou graça nenhuma. Don foi dormir e Jeanie sentou-se no sofá. Os dois pegaram no sono no mesmo momento. Logo de manhã, Don pegou Jeanie, tomou um rápido café e a botou no carro. Ele a levou para o seu esconderijo secreto. Lá, ele iria falar com Dina. Logo ao chegar lá, Dina o beijou. Logo que ela o soltou, ele teve que dizer.
– Dina… – falou Don, procurando as melhores palavras para não irritar Dina – Jeanie está aqui.
– O QUÊ?! – gritou Dina – A PIRRALHA?! AQUI?!
– Sim, Dina, mas olha… – falou Don, tentando acalmá-la.
– Não quero saber, IDIOTA! – gritou Dina – Não era para aquele estúpido irresponsável do seu amigo estar cuidando dela agora?
– Não quero saber, IDIOTA! – gritou Dina – Não era para aquele estúpido irresponsável do seu amigo estar cuidando dela agora?
– ERA, só que ele se casou com Catarina. – falou Don – O que a gente faz agora?
– AH, DROGA! Essa vadia já me causou muitos problemas! – falou Dina – Por enquanto, só põe ela junto com a Laura até que a gente encontre outro lugar.
– AH, DROGA! Essa vadia já me causou muitos problemas! – falou Dina – Por enquanto, só põe ela junto com a Laura até que a gente encontre outro lugar.
Jeanie, curiosa como é, ouvia tudo. Quem era aquela mulher “Laura” da qual eles falavam e que ela iria ficar? O que vai acontecer? Don a chamou e ela saiu do carro. Don a levou para dentro da casa e a levou para cima das escadas. Lá em cima, falou para ela.
– Garota, entra ali dentro e fica quieta. Não quero ouvir nenhum pio. – ameaçou Don. Ele desceu as escadas, e disse: – A gente te traz a comida.
– Garota, entra ali dentro e fica quieta. Não quero ouvir nenhum pio. – ameaçou Don. Ele desceu as escadas, e disse: – A gente te traz a comida.
Jeanie se sentia com medo. Estava no meio da floresta. Não sabia como voltar para casa. Não sabia quem era essa “Laura”. Não sabia que tipo de pessoa ela era. Mas ela viu nos olhos de Don que ele estava falando com muita raiva. Ela abriu a porta e entrou. Fechou a porta e, finalmente, se virou para frente. Quem ela via era uma mulher morena, com um belo vestido vermelho e um olhar doce. A primeira coisa que Laura disse foi:
– Oi – falou Laura – Tudo bem? Quem é você, amiguinha?
– O-oi… – falou Jeanie, amedrontada – M-meu n-nome é Jeanie… Eu…
– Acalme-se, amiguinha! – consolou Laura – Eu não vou lhe fazer nenhum mal.
– O-obrigada, moça. – falou Jeanie, com o medo desaparecendo aos poucos. Ela se sentou no sofá.
– Mas então, porque você está aqui? – perguntou Laura.
– O Don… e a Dina são os meus pais… – falou Jeanie. Laura se assustou: os seus sequestradores tinham uma filha?
– Onde você esteve? – perguntou Laura – Eu nunca te vi por aqui… Bem… Antes de vir parar aqui… Quantos anos você tem?
– Ah, eu tenho oito. – respondeu Jeanie, sentando no sofá – Eu fiquei morando uns seis anos com um amigo do meu pai. Ele se chama Hal.
– Ah, entendo… – falou Laura.
– Até que ele era um cara legal, mas bastante desorganizado. – as duas riram – Ele vivia trazendo umas amigas dele…
– Até que ele era um cara legal, mas bastante desorganizado. – as duas riram – Ele vivia trazendo umas amigas dele…
Laura pensou o quanto irresponsável era o tal “Hal”. Trazer tantas mulheres na casa onde eles moravam… “Bem”, pensou Laura, “Não faria tanta diferença se ela tivesse crescido na casa de Don ou da Dina…”
– Como você se chama, moça? – perguntou Jeanie.
– Eu sou Laura. Laura Caixão. – falou Laura.
– Laura Caixão? – estranhou Jeanie – Eu já ouvi falarem muito ainda de uma moça com esse nome.
– Ah, essa sou eu. – falou Laura – Devem ter falado tanto sobre mim quando eu “desapareci”…
Laura notou a surpresa na cara de Jeanie. “Meu Deus, o que eu faço agora?”, pensou Laura, aflita. “Não posso contar pra ela que os seus pais são sequestradores!… Que chegaram tão baixo na vida…!”
– Dona Laura… – Jeanie começou a falar, ainda espantada.
– S-sim?… – Laura ainda estava aflita, e murmurou sofridamente.
– Dona Laura… – Jeanie começou a falar, ainda espantada. – Diga a verdade… – falou Jeanie – Meus pais… Eles… Eles te sequestraram?…
– Diga a verdade… – falou Jeanie – Meus pais… Eles… Eles te sequestraram?…
Laura percebeu que Jeanie havia descoberto todo o mistério. Seus pais eram sequestradores. Tinham deixado Laura Caixão presa por muito tempo. Ela suspirou fundo e assumiu a verdade.
– Sim, querida. Infelizmente, sim.
A sala foi invadida pelo silêncio. Jeanie estava surpresa. Laura cuidava das suas expressões faciais. Mas, no fundo, Jeanie não estava chocada nem horrorizada. Apenas… surpresa.
– Quer saber… – Jeanie quebrou o silêncio – Eu já achava que eles estavam fazendo coisas erradas já há muito tempo.
– É verdade? – perguntou Laura, espantada com a reação de Jeanie.
– É… – falou Jeanie – Uma pessoa que abandona a filha por seis anos já faz algo de errado… E isso já é outro passo para fazer outras coisas erradas. Eles já te fizeram muito mal?
– Bem, mais ou menos. – respondeu Laura – Eles tem me mantido aqui por vários anos. Eles não me deixam sair para o jardim com medo que eu escape. Eles já me trouxeram várias comidas, e algumas vezes estavam queimadas.
– Irc! – enojou-se Jeanie – E você comeu?
– Não tive escolha… – Laura suspirou – Era isso ou morrer de fome.
As duas conversaram até altas horas da noite, até que Dina Don subiu as escadas e trouxe o jantar para elas: um pouco de Macarrão com Queijo. Laura sentou-se à mesa e se serviu. Jeanie, no entanto, puxou Don para o sofá e começou a exigir respostas.
– Don, porque você a mantém aqui? – perguntou Jeanie, com raiva – Ela não fez nada pra vocês! Quem vocês pensam que são para se acharem no direito de mantê-la aqui?
– Ora, ora, filha. – falou Don, tentando acalmá-la – Ela no mínimo te envolveu nesse papo de santinha. O que realmente aconteceu foi que o governo mandou o papai e a mamãe manterem ela aqui para a segurança de todo mundo, entende? Ela é uma pessoa muito má!
– Ora, ora, filha. – falou Don, tentando acalmá-la – Ela no mínimo te envolveu nesse papo de santinha. O que realmente aconteceu foi que o governo mandou o papai e a mamãe manterem ela aqui para a segurança de todo mundo, entende? Ela é uma pessoa muito má!
Silêncio.
– Você acha que eu vou MESMO cair nessa?! – perguntou Jeanie, irritada – Saiba você que eu acompanhei MUITO BEM todas as investigações que a polícia da NaçãoSim fez por aqui. Eu sei a verdade verdadeira. O que eu quero de VOCÊ, é o PORQUÊ que ela está aqui?
– ORA, QUER SABER?! – gritou Don, irritado – EU NÃO TE DEVO SATISFAÇÃO NENHUMA, PIRRALHA! FIQUE SABENDO QUE ISSO NÃO É DA SUA CONTA! ME ENTENDEU?!
– ORA, QUER SABER?! – gritou Don, irritado – EU NÃO TE DEVO SATISFAÇÃO NENHUMA, PIRRALHA! FIQUE SABENDO QUE ISSO NÃO É DA SUA CONTA! ME ENTENDEU?!
Don saiu nervoso porta afora e Jeanie nem ligou. Sentou-se à mesa e começou a conversar com Laura.
– Você não deveria fazer isso, Jeanie. – falou Laura – Eles podem te fazer algum mal! E eu não queria ver isso acontecer!
– Não se preocupa, Laura. – falou Jeanie – Don só se faz de nervosinho mas na verdade quem manda mesmo é a Dina. E você não precisa de anos pra evidenciar isso.
– Não se preocupa, Laura. – falou Jeanie – Don só se faz de nervosinho mas na verdade quem manda mesmo é a Dina. E você não precisa de anos pra evidenciar isso. As duas riram por um breve momento, mas logo pararam. O que iria acontecer a seguir? Os futuros das duas estariam nas mãos de Don e Dina. Apenas o tempo dirá o que irá acontecer.
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