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Divisão é o terceiro capítulo de Motherlode, a segunda simsérie de João PDF.
Capítulo[]
Após dormirem no carro, todos acordaram ainda durante a noite e o grupo seguiu viagem para a Vila Água Azul. Ao chegarem à vizinhança, Valéria os orientou até o lote do Coelho. Chegando lá, ela os alertou:
–Gente, eu sou uma vampira e o sol irá nascer em algumas horas... preciso achar um local escuro, ou irei morrer!!!
–Hmm, aquele caixão ali serve? – pergunta André.
–SIM!!! – responde Valéria, correndo para o caixão. Me acordem ao anoitecer!
–Mas e se nós precisarmos sair daqui antes disto? – pergunta Joana, enquanto se aproxima.
–Você tem um celular?
–Sim...
–Me diz o número!
–555-2535.
–Ótimo! Vou te ligar quando eu acordar.
–O-ok...
Joana volta ao encontro dos rapazes e pergunta:
–Então, o que iremos fazer agora?
–Temos que achar o coelho. – responde André. – Onde está esse desgraçado?
Logo, o Coelho aparece no lote e tenta ir dormir. Porém, antes que possa chegar até sua cama, André e Roberto começam a repreendê-lo.
![Chegando lá. [...]](/pt-br/wiki/Arquivo:Motherlode_050.jpg "Motherlode 050.jpg (37 kB)")
–Ei coelhinho, precisamos falar com você. – diz Roberto, num tom hostil.
–Olha, eu acabei de animar um velhote depressivo que está prestes a morrer, podem me deixar passar?!?
–Desculpe, não funciona assim. – diz André.
–Nós precisamos de certa... informação. – completa Roberto.
–O-o que seria? – pergunta o Coelho, assustado.
–O que você sabe sobre o SÁBIO VIAJANTE?!? – pergunta André.
O Coelho fica assustado ao perceber que os dois sabiam sobre o tal sábio. Ele não responde e fica calado, o que deixa ambos irritados. André começa a estapeá-lo e pergunta novamente:
–O QUE VOCÊ SABE?!?
–Eu não posso contar, EU NÃO POSSO CONTAR! – grita o coelho, ainda assustado. – Se eu contar, serei ceifado!!!
Roberto e André então se lembram das mensagens encontradas, e concluem que seria necessário obrigar o Coelho a revelar o que sabe.
–Vai contar por bem... ou por mal? – pergunta André, ameaçando o coelho.
–EU NÃO POSSO CONTAR, EU JÁ DISSE! – volta a gritar o coelho.
–Ok, então vai ser por mal.
André empurra o coelho e o joga no chão, começando uma briga. Isto atrai a atenção de Joana e Roberto, que se aproximam, mas não tentam separar os dois. Após vários socos e pontapés, André derrota o Coelho.
–E-eu não... p-p-posso falar... – ele continuava dizendo.
–VOCÊ QUER MAIS?!? SE NÃO CONTAR, EU MESMO VOU TE CEIFAR! – André o ameaça.
–POR FAVOR, POR FAVOR! NÃO FAÇA ISSO!!!
Joana fica com pena do coelho, mas permanece em silêncio.
–VOCÊ QUER MAIS, QUER MAIS? – grita André, cutucando o coelho.
–POR FAVOR, NÃO!
André ataca o coelho novamente, e acaba por vencê-lo novamente.
–OK, OK! Eu não acredito que estou fazendo isto – diz o coelho, se rendendo. – o Sábio está atualmente circulando pela Vila Água Azul, esta região. Fazendo umas comprinhas, talvez...
–Certo, obrigado pela informação. – diz Roberto, num tom sarcástico.
De repente, o coelho começa a gritar e se desesperar, e pouco a pouco, se transforma em um monte de cinzas. A Dona Morte aparece para ceifa-lo.
–Não obedeceu minhas ordens, acabou morrendo... – dizia a Morte, enquanto anotava alguma coisa.
Joana, Roberto e André não falaram uma única palavra na presença da Morte. Eles apenas a observaram agindo.
–Na próxima vez, vou fazer um pacto com bastardo que saiba guardar segredos. – ela diz, enquanto vai embora.
Logo, o sol nasce, e as cinzas do coelho se transformam em um túmulo.
–Bem, acho melhor seguirmos em frente agora. – diz André.
–O que faremos? Vasculhar CADA LOTE da Vila Água Azul como loucos? – pergunta Joana.
–Claro que não. Precisamos conseguir mais informações.
–Quer dizer estapear, espancar, intimidar, ameaçar e ver outras pessoas virarem pó?
–Talvez...
–Essa coisa de achar a vizinhança secreta está deixando você louco.
–Talvez... Enfim, acho melhor nós irmos pro próximo lo... – André para de falar ao ver alguma coisa. – Acho que tem algo escrito naquela árvore!
O trio corre até ela, onde está rabiscada a seguinte frase:
"Se a morte você avistou, o próximo passo é assistir a um show".
–Assistir shows? Como isso vai ajudar? – pergunta Joana.
–Eu não sei, mas é melhor acharmos uma televisão. – diz Roberto.
Após olharem para a esquerda, eles logo veem uma televisão e um sofá de 3 lugares.
–Então, o que querem assistir? O show da Oprah Simfrey? – sugere Joana.
–Ok – respondem André e Roberto, embora não tenham gostado muito da decisão.
Ela então liga a TV e eles assistem ao show. "No programa de hoje, nós convidamos Marcos Rugabaixa, autor do livro ‘O Sábio Viajante’".
"Marcos, pode nos dar um pequeno resumo sobre o livro?"
"Bem, ele fala de um Sábio que está constantemente viajando e que guarda um segredo. Um pequeno grupo de amigos tenta encontrar o Sábio e têm que torturar coelhos, matar pessoas inocentes e até mesmos seus próprios aliados. Tudo para finalmente encontrar o tal Sábio."
"Nossa, que história interessante..."
![Bem, ele fala de um Sábio que está constantemente viajando e que guarda um segredo. [...]](/pt-br/wiki/Arquivo:Motherlode_068.jpg "Motherlode 068.jpg (42 kB)")
Joana desliga a TV e diz:
–Pessoal, estão pensando no que eu estou pensando?
–Sim. – responde André. – Roberto, vamos matar você!!!
–Não! – grita Joana. – Ele é um cara inocente, poxa!
–Você não ouviu o que o tal Rugabaixa disse? Matar inocentes e aliados!
–Ei cara, calma aí, abaixa a bola! – diz Roberto.
–André, você está ficando louco com essa coisa do Sábio. Sempre disse que seria incapaz de matar alguém, lembra?
–ISTO FOI ANTES D’EU SABER QUE EU SOU APENAS UM MONTE PIXELS, CARALHO!!!
–E ESTÁ DISPOSTO A MATAR AMIGOS E FAMÍLIA PRA ISSO? VOCÊ ESTÁ PERDENDO A CABEÇA!!!
–AMOR, É O QUE NÓS PRECISAMOS FAZER PARA SOBREVIVER!!! NÃO VAI ME ACOMPANHAR?!?
–EU NÃO VOU! EU NÃO QUERO ANDAR COM UM CANALHA QUE SÓ PENSA EM SI MESMO!!!
–VOCÊ VAI SE ARREPENDER!!!
André deixa o lote e resolve encontrar o sábio por si mesmo. Roberto fica chocado e calado. Joana olha para ele e diz:
–Nós não precisamos dele. Vamos dar uma olhada por aí e voltar pra pegar a Valéria à noite.
–C-certo.
A dupla então sai do lote, planejando visitar os lotes comunitários da região antes de começarem as invasões domiciliares.
