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A caminho para Vila Verona, os Bonevelho estão no carro, tentando passar o tempo.
– Ok, acabaram meus jogos de viagem. – falou Hervano – Alguém tem alguma sugestão?
– Nah, eu vou só olhar a paisagem. – responde Jeanie.
– Eu também. – fala Márcia. Ela vira os olhos para a janela, observando os campos verdejantes que os envolviam. Com as garotas distraídas, Coralina e Hervano começam a conversar.
– Ah, aposto que nossas férias familiares em Vila Verona vão ser ótimas! – falou Coralina.
– Também acho. – falou Hervano – Conhecer gente nova, fazer novos amigos...
– Vou sentir falta um pouco de casa... – falou Márcia, intrometendo-se – Nossos amigos de Belavista, sabe...
– Eu gosto de viajar. – falou Jeanie – Já fazem uns cinco meses desde que nós voltamos de Estranhópolis.
– E aqui estamos, vamos conhecer mais gente, fazer mais amigos. São umas merecidas férias para o seu pai, garotas. – falava Coralina, apontando para Hervano com o indicador.
– Pois é. E como vão as coisas no trabalho, pai? – perguntou Márcia.
– Bem, trabalhar nas empresas Quero-Tudo-Que-É-Seu na carreira de Negócios é cansativo. – falou Hervano, desgrudando ocasionalmente os olhos do trânsito – E eles parecem ter uma filial em toda as cidades de NaçãoSim! Trabalhei bastante até quando estávamos em Estranhópolis.
– Pena o Hugo e a Tânia não poderem vir junto. – falou Hervano – Você os deixou com a empregada zumbi de novo?
Márcia e Jeanie riem.
– Hervano! – falou Coralina, batendo-o de leve no braço, um pouco incomodada com a piadinha sem graça – Dessa vez não. Eles ficaram com a Maria José.
– Ah, e como vão as coisas com ela? – perguntou Jeanie.
– Está indo tudo bem, na verdade. – falou Coralina – Os dois estão muito felizes, mas estão preocupados com a Juliana, que tá com baixa imunidade.
– E o resto de Belavista? – perguntou Márcia.
– Bem, a Ângela, a Lílite, o Duque e o Eric estão quase terminando a universidade. Ano que vem, eles voltam pra Belavista. O Alex e a Lúcia ainda tem uns três anos pela frente. – falou Coralina – Mas tudo anda bem por lá.
– E nossos amigos em Estranhópolis? Como vão eles? – perguntou Jeanie.
– Bem, Culatra, Imito, Vanessa e Paola viraram adultos agora. Na verdade, Imito e Paola foram pra La Fiesta Tech mês passado. Culatra e Vanessa arranjaram uma casa para eles em Estranhópolis. – falou Coralina – Circe e Vicundo tiveram seu primeiro filho juntos, e a casa está feliz. Eduarda também deu a luz, e o bebê é uma gracinha! 9 acabou falecendo e Jeanie envelheceu.
– Que bom que ainda mantêm contato com eles. – falou Hervano.
– Verdade! E eles nos dão um cartão a cada Natal! – falou Coralina, agitando uns cartões que tinha na bolsa.
– Vocês sabem um pouco sobre Vila Verona? – perguntou Márcia.
– Bem, pelas imagens que eu vi pela Internet e por estes folhetos para turistas… – falou Coralina, puxando alguns de sua bolsa e passando para as filhas no banco de trás – …ela é pequena, mas tem o seu charme… as casas ao estilo metade inglês, metade mediterrâneo… parece ótimo!
– Tomara que o pessoal por aqui seja legal… – falou Jeanie. Hervano acelerou o carro um pouco. Em alguns minutos, eles estariam chegando à Vila Verona para as suas férias. Apreciando a vegetação e a arquitetura do lugar, Jeanie e Márcia alternaram-se em perguntas irritantes depois de verem que o carro não parecia nunca avançar:
– Nós já chegamos? – perguntou Jeanie.
– Não. – respondeu-lhe Hervano.
– Nós já chegamos? – perguntou Márcia.
– Não. – respondeu Hervano.
– E agora? – perguntou Márcia.
– Não! – resmungou Hervano, impaciente.
– E agora? – insistiu Jeanie. Hervano quase ficou nervoso, até que enxergou a casa onde passariam as férias. – Agora sim! – falou Hervano, parando o carro na frente da casa – Agora vão parar de perguntar?!
– Talvez. – respondeu Jeanie, correndo para dentro da casa, junto a irmã. Com mais calma, Coralina e Hervano vieram depois. A casa estava muito bem mobiliada por dentro. A sala de estar não tinha televisão, mas a decoração quase compensava isso.
– Alugamos mesmo essa casa? Deve ter custado bastante! – falou Jeanie.
– Trabalhei muitíssimo recentemente. – falou Hervano – Mereço umas férias!
– Tem razão. Que horas são? – perguntou Márcia.
– 11:45. – respondeu Coralina.
– Ah, então vamos começar a cozinhar. – falou Coralina. Todos andaram para a cozinha. Coralina e Márcia começaram a cozinhar, e Hervano e Jeanie sentaram-se à mesa.
– Ótimo, sem mantimentos na geladeira. – falou Márcia – O jeito é almoçar fora e comprar alguma coisa.
– Ah, sério? – resmungou Hervano – Tô cansado...
– Ok, se você não dirigir, eu dirijo! Vamos, garotas. – falou Coralina.
– Você? – ironizou Hervano – Pode deixar que eu vou dirijo!
– Porque mudou de ideia?! Acha que eu não dirijo bem? – implicou Coralina.
– Não disse isso. Só disse que como motorista de carro, você controla uma vassoura como ninguém. – falou Hervano, levantando-se – Vamos!
Todos saíram da casa e entraram no carro.
– Onde tem um restaurante por perto? – perguntou Márcia.
– Tem o "Restaurante da Família Montez", do outro lado da ponte. – falou Coralina – Parece bom!
– Vamos lá! – falou Jeanie.
Eles chegaram ao local em pouco tempo, e são bem recebidos pela equipe do restaurante. Tiveram uma boa refeição. No caminho de volta para casa, eles passaram no Calçadão Otelo. Um bate-boca é ouvido, e todos da família estranham. Eles se aproximaram e viram dois homens brigando, eram Patrício Montez e Consorte Caputo. Trocavam-se farpas, com uma agressividade notável. Chamavam a atenção de todos a sua volta, e as pessoas paravam suas compras para acompanhar a briga.
– Afaste-se da minha família, traidor! – gritou Patrício. Atrás dele, estava seu neto, Romeu, parecendo preocupado. – Mantenha esse seu garotinho pervertido longe de minha neta! – ameaçou Consorte. Atrás dele, estava Julieta, sua neta, estava inconsolável.
– Vecchio maledeto! Amaldiçoado seja você, porco traidor! – gritou Patrício – Apenas me prometa que você vai deixar sua pequena putana longe do MEU neto! Será que você consegue fazer isso?!
Mantenha esse seu garotinho pervertido longe de minha neta! – ameaçou Consorte. A família se aproximou de um casal que observava a briga. Eram Titânia e Oberon Veranossonho. Os dois aparentavam estar tristes com a situação que viam.
– Quem são eles? – perguntou Hervano. O casal se virou para eles.
– Olá, vocês devem ser novos por aqui. – falou Oberon – Sou Oberon, ela é minha esposa, Titânia.
– Prazer. Mas quem são esses dois? – perguntou Coralina.
– São os dois patriarcas de Vila Verona. O da direita é Patrício Montez, e o neto dele, Romeu Caputo. O outro é Consorte Caputo, e a neta dele, Julieta. Faz muito, muito tempo que os dois são inimigos jurados de morte. Eles eram amigos, até que algo aconteceu e eles se odeiam agora. As famílias se mudaram para outros lugares, pra tentar esquecer da existência dos inimigos. Os Montez foram para Monte Vista e os Caputo, para Roaring Heights, mas não ficaram muito tempo lá. – explicou Titânia.
– Que pena. – falou Hervano. Os jovens se afastaram – Julieta fugiu correndo, e Romeu parecia ir para outro lado –, mas os idosos continuaram discutindo.
– Vocês parecem boa gente. Querem ir para a nossa casa? – perguntou Oberon – Vamos dar algumas dicas para não se envolver nessa rixa. Somos os Veranossonho, nós só queremos o bem para todos, mas parecem que nem os velhos Caputo e Montez querem deixar o passado para trás.
– Claro, seria ótimo. Só vamos comprar comida. – falou Hervano. Ele e Coralina se afastaram para fazer as compras, enquanto Márcia e Jeanie ficaram conversando com o casal. Eles não tardaram com as compras e os Veranossonho os acompanharam até sua casa. Jeanie, Márcia e Betha ficaram brincando no jardim, enquanto Puck ficou apenas no seu quarto.
– O ódio entre as duas famílias passou de geração em geração. Mas nem todos parecem se odiar. Romeu e Julieta parecem estar namorando, mas mantêm tudo em segredo. – falou Oberon.
– Eles aceitam novos moradores normalmente, já que são só as duas famílias a maioria da população. – falou Titânia – Somos amigos de ambas as famílias há gerações. Só não mostrem preferência por nenhuma das duas famílias e vocês ficarão bem.
– E a família de vocês? Conte-nos mais sobre ela. – falou Coralina.
– Somos todos fadas, e nunca envelhecemos. Nossas asas estão escondidas, já que a ACS quer nos esconder a todo custo. – falou Oberon – Moramos em Moonlight Falls por um tempo, mas depois viemos para cá e adotamos nossos filhos.
– Vocês adotaram? Ótimo! – falou Coralina – Deram uma família àqueles que pediam.
– Sim, os pequenos Puck e Betha. – falou Titânia.
– Temos cinco filhos, e deles, três são adotados. A mais velha se chama Maria José, e é a primeira que adotamos. Anos depois, adotamos a Jeanie e depois a Márcia. Depois tivemos nossos filhos biológicos, Hugo e Tânia. – falou Coralina.
– Own, sempre gostei de família... ter todos eles juntos me faz tão bem! – respondeu Titânia – Enfim, considerem-se convidados para a nossa festa, que vamos dar nessa sexta-feira.
– Ótimo! Estaremos lá! – falou Hervano.
Coralina desviou os olhos para o relógio, e surpreendeu-se.
– Oh, nossa! – falou Coralina – Adoraria ficar, mas é hora de ir para casa. Entardeceu. Despediram-se, e voltaram para casa. Quando chegaram, entretanto, encontraram Romeu consolando Julieta.
– Romeu Montez? – estranhou Hervano – Julieta Caputo?
– C-calma, senhor. – respondeu Romeu – A gente já tá saindo.