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Durante minha infância, conheci um garoto muito legal chamado Durango Malpaga. Ele era da minha escola e consequentemente era o meu vizinho! Os pais dele se chamavam Florinda e Paupérrimo Malpaga e haviam se mudado há pouco tempo para Belavista, então os vizinhos vieram até minha casa e meus pais acabaram se tornando amigos especiais dele, o mesmo aconteceu comigo e com Durango.
Depois da escola, eu o convidava para passar um tempo na minha casa. Lá assistiamos a vários programas, desenhos e filmes. Brincávamos de pega-pega, polícia e ladrão, cambalhota, tudo, lá no meio da rua! Durango com certeza virou meu primeiro e melhor amigo, e passavámos a fazer isto todos os dias, se tornou um hobby só nosso. Nos dias de prova, eu havia esquecido de estudar, e como o Durango era muito inteligente, ele me passava as respostas de graça. O mesmo acontecia comigo. No recreio, conheci muitas pessoas especiais, mas só dei mais atenção ao Durango. Ele era especial, engraçado, divertido!
Durango com certeza fez parte da minha vida; sem ele, eu não era nada! A nossa infância, foi, com certeza a melhor de todas e eu soube valorizá-la com todo amor e carinho.
Alguns anos depois...
Sim, nós dois crescemos! Ao decorrer desse tempo, ainda fui me tornando a melhor amiga de Durango. Fui sentindo algo forte por ele, mas não sei explicar, fui gostando dele. Ele era um cara incrível, era o melhor. Mas, eu andava me afastando um pouco dele, as outras garotas andavam se engraçando com ele, e isso me deixava com raiva! Sim, eu ficava com ciúme.
Muitas das vezes, Durango rejeitava ficar comigo e dava mais atenção aquelas garotas do colegial. Eu era apaixonada por ele, eu o amava! Eu queria revelar tudo o que sinto por ele, mas a cada dia que passava, Durango e eu ficávamos menos distantes. Ele inventava desculpas de que ia sair para fazer o trabalho, ele é saía com aquelas garotas idiotas! Sim, chorei, chorei e chorei. Meus pais tentavam me consolar, mas não conseguiam.
...Até que um dia, tomei coragem, um pouco de vergonha na cara e falei tudo o que eu sentia por ele. Ainda xinguei aquelas idiotas e elas saíram correndo, com medo de mim. Eu disse tudo, tudo, meio envergonhada mas eu falei. Durango, se desculpou e fez o mesmo comigo, e que me amava muito. Foi o melhor momento da minha vida. Ele me perguntou se eu queria ser sua namorada, então eu aceitei sua proposta...
...Demos nosso primeiro beijo e...
...Nos divertimos muito aquele dia.
Certa vez, Durango foi lá em casa: ele gritou meu nome pela janela e ainda mostrou um rádio com aquela música que eu mais gostava! Durango me convidou para um encontro e como sempre, eu aceitei. Foi num velho fusca mesmo, Durango disse que seu pai havia lhe dado montado com peças do ferro velho, mas eu nem me importava com isso. Aproveitei que meus pais saíram pra jantar e só chegariam de madrugada, e fugi. Ele me levou até um pequeno bar, ele jogou sinuca, eu bebi alguns drinks, mas não cheguei a tomar muitos a ponto de ficar doida. Lá, conhecemos Maria José Bonevelho e Daniel dos Encantos, e eles estavam ao mesmo ritmo que nós. Depois daquilo, fomos embora de lá e Durango me levou até uma colina, onde víamos toda Belavista de lá, inclusive casas e comércios. A vista de lá era muito bonita, a gente via a água lá de baixo perto da cidade, os carros andando, luzes. Foi realmente maravilhoso. Nós nos sentamos, olhamos as estrelas e Durango me beijou. Foi algo impressionante, realmente incrível!
Lá pras 00:04, nós chegamos. Convidei Durango para vir a minha casa. Eu tinha acabado de me lembrar que meus pais só iriam voltar bem mais tarde, então Durango entrou, nós nos sentamos, bebemos e comemos algo e ficamos conversando. Depois, nós ficamos conversando no sofá, onde começamos a nos beijar feito loucos, se agarrando um ao outro; Eu, no momento, não poderia dizer nada, mas só posso dizer que foi algo maravilhoso, seus lábios quentes ardiam na minha boca... Era de matar o calor do momento. Em seguida, nós fomos até o quarto dos meus pais. Acabamos indo pra cama, eu me envolvi com Durango. Nos beijamos mais ainda e acabou rolando: fizemos oba-oba. Realmente eu não me arrependi de nada, mas só posso dizer que tinha sido algo muito excitante.
No dia seguinte, havíamos acordado, a minha sorte era tanta, que meus pais ainda nem tinham chegado! Eu mal podia acreditar no que eu havia feito! Quando olhei para a janela, meus pais já estavam chegando de carro. Durango rapidamente vestiu algumas roupas normais, ao invés da íntimas, e saiu de lá. Por sorte, meus pais não haviam notado que Durango estava aqui. Eles me perguntaram como havia sido minha noite, eu menti, disse que foi normal, como todas as outras. Tomei café com eles e rapidamente senti um enjoo.
Rapidamente, corri ao banheiro, era vômito: que nojo! Só sei que lambrequei o vaso todo com aquele negócio verde totalmente estranho... Será que era o café que havia me feito mal, ou eu estou grávida? Normalmente grávidas apresentam esse sintoma, no dia seguinte, após uma relação. Novamente menti aos meus pais, dizendo que era o café que havia me feito mal. Eles queriam me levar ao médico, mas fiquei com medo de ser suspeita de gravidez. Menti, menti e menti, fiz a cabeça deles até desistirem disso. Era Sábado, então como meu pai é ocupado, ele foi para a empresa dele e minha mãe saiu para o shopping com suas amigas. Fiquei sozinha em casa. Antes dele ir embora, pedi dinheiro á ele. Escondida, fui até uma loja e comprei um medidor de gravidez que custou aproximadamente §200!
Eu realmente fiz aquele teste de gravidez... Assim que comprei, deixei-o perto de uma mesinha na sala, liguei-o, e uma espécie de termômetro foi ativado. Estava dizendo que eu tinha que soprar aquilo, e minhas moléculas se juntariam aquilo para enviar o resultado. Fui ao banheiro, coloquei aquele negócio na boca e depois pus de volta ao aparelho. Ele ficou escaneando, e aproveitei para ir até o meu quarto esperar, o tempo era de 10 minutos. Assim que acabou, fez uma barulhinho estranho, eu acho que já deveria estar pronto. Desci até lá em baixo, e foi uma surpresa: Eu estava grávida! Isso mesmo! Eu nem podia acreditar no que fiz... Foi algo terrível. Fui obrigada á ligar para Durango e dizer o que tinha acontecido. Ele veio até aqui em casa, e eu falei tudo, tudo pra ele. No princípio achei que ele iria me abandonar com este bebê, mas ele foi bem receptivo e caloroso comigo: Disse que me apoiaria até o fim e me ajudaria no sustento desse bebê, eu nem podia dizer nada aos meus pais, mas minha barriga ia crescendo, e crescendo...
Meus pais haviam chegado aproximadante á tarde, então convidei Durango para vir almoçar comigo. Um pouco tímida no começo, eu disse tudo o que tinha acontecido. Desde meu envolvimento com Durango desde minha gravidez. Meus pais ficaram muito assustados. Já meu pai, assim que ouviu eu dizer a palavra grávida, ele desmaiou. Minha mãe tentou ajudá-lo, mas parece que ele acordou na hora e ficou uma fera. Ele brigou comigo e brigou com Durango, depois de ter tentado me defender, ele foi embora. Eu chorei, chorei e chorei. Corri para o meu quarto. Eu sabia que tinha feito uma burrice. No dia seguinte, eu fui até o meu pai e disse tudo para ele, a minha mãe a mesma coisa, e insisti. Chamei Durango de volta e esclareci tudo. Meus pais disseram que nós dois temos que manter responsabilidades, e Durango insistiu para que eu e ele fomos para outro lugar, para criar este filho, mas se algo acontecesse, eles nos receberiam de braços abertos. Senti saudades dos meus pais no momento, mas sei que eles estavam me apoiando, e meus pais mal esperavam para ser avôs! Nos mudamos para um pequeno trailer que Durango conseguiu com longas mesadas e tudo mais. Durango frequentava a escola, trabalhava e eu simplesmente parei de estudar, tinha uma criança chegando, então tive que ter um acompanhamento médico e detalhes sobre minha gravidez.
E o tempo passou, e nos tornamos adultos suficientemente maduros! Meus pais haviam envelhecido, e era como se eu fosse os perder! Tive meu filho saudável, que dei o nome de Eric, e eu e Durango fomos tão felizes nesse tempo... Ele não deixou de me amar, no final das contas, tivemos outro encontro, no mesmo local, aquele bar que havíamos nos conhecido... Durango se ajoelhou e se declarou a mim, até que me pediu noivado. O casamento iria ser feito daqui á algumas semanas, e seria algo convidativo. Obvio que aceitei, Durango foi o primeiro amor da minha vida, e vê-lo ao meu lado todos os dias ia ser uma surpresa pra mim! Para ajudar no sustento da família, arranjei um pequeno emprego de cozinheira e Durango conseguiu um emprego na carreira como cobaia.
O aniversário do meu filhinho Eric foi chegando... Não fizemos nada formal nem nada, foi só nós três mesmo. Como o tempo passava... Meu filho se tornara um criança! Eu também havia engravidado pela 2ª vez de Durango, e era de um menino, e com o tempo, a família foi crescendo cada vez mais!
- Ohhhhhh, mas que dor, me ajudem!!!
- Calma Brenda, respira fundo... Esse bebê vai nascer!
- Força mãe, meu irmão quase irá chegar!
Estas foram as frases marcantes dos meus dois homenzinhos, quando eu estava prestes a ter meu precioso Biau... Senti muita dor na hora desse parto, mas valeu a pena! Tive que abandonar meu emprego e cuidar dos meus dois filhos, enquanto Durango e eu passavámos por sérios problemas financeiros.