Propriedade O conteúdo desta página é de propriedade de EdSimmer. A menos que a edição seja construtiva ou de poucos detalhes, peça permissão ao autor para editar a página. |
Todos os dias a rotina da família Caixão era a mesma, Vladmir e Cassandra acordavam as 7:00 da manhã, as 8:00 pegavam suas respectivas caronas diárias (escola para Cassandra e Laboratório para Vlad). Enquanto isso, Laura era encarregada de manter a ordem em casa e exercitar sua criatividade (Laura adorava tocar piano e pintar quadros).
As 15:00, Cassandra chegava da escola e estudava para manter suas notas altas, depois das 18:00, Vlad voltava do trabalho e preparava o jantar, dependendo do dia, a família descia até a parte histórica da Cidade Velha para fazer uma visitinha aos pais de Vlad, Cornélia e Igor.
A vida não poderia ser melhor para o trio, pois ainda que levassem uma rotina que parecia ser repetitiva e enjoativa, os Caixões eram muito prósperos e se amavam mutuamente, além de bizarros é claro; possuíam um cemitério no quintal e se vestiam de uma maneira retrógrada e assustadora. Mesmo assim isso não os impediam de ser uma família feliz.
Cada dia que passava, Cassandra melhorava seu rendimento na escola, era tímida e adorava tomar chá com sua vó Cornélia. Tudo parecia perfeito em sua vida, mas não era.
Cassandra não tinha amigos na escola, os mesmos riam de sua aparência e davam apelidos sem graça para ela. A jovem menina de apenas 10 anos escondia todos esses acontecimentos de seus pais, pois não queria preocupa-los com problemas bobos – pensava.
Quando passava pelo Parque CentralSim, via todas aquelas crianças brincando no Playground, rindo e se divertindo a beça. Como queria que apenas por uma vez não ficasse trancada no quarto brincando sozinha com sua caixa de brinquedos ou pintando em seu cavalete.
A jovem Caixão queria sair, conhecer crianças novas e se sujar mesmo, sabe? Ela não queria ficar somente limitada aos seus livros e chá da tarde. Mais que tudo, ela queria viver e aproveitar sua infância.
Certo dia após a escola, Cassandra resolveu ir até o Parque CentralSim, sentou-se no banco e observando as crianças brincando foi surpeendida por uma menina de vestidos brancos que veio ao seu encontro e disse:
- Olá, me chamo Maria Bonevelho, mais precisamente Maria José Bonevelho, e você?
Cassandra levantou o olhar para a menina e baixou o rosto permanecendo em silêncio.
- Eu moro na Estrada Inglesa, 57. Cheguei recentemente com meus pais, e você? – disse Maria tentando puxar assunto novamente.
Mais uma vez Cassandra permaneceu em silêncio sentada no banco.
- Esta bem, já que você não quer conversar pelo menos diz – retrucou Maria.
- Espere... É que... Eu não sou muito de falar... Com outras pessoas – disse Cassandra.
- Hum, aposto que você é do signo de câncer, te entendo. Você está certíssima, absolutamente certa, é difícil encontrarmos alguém com quem possamos conversar coisas coerentes e blá... blá... blá...
É, Maria José realmente era muito sociável, chegava até ser tagarela. Adorava falar e se identificava com Cassandra. Ambas gostavam de assuntos que não fossem tão superficiais, tais como cultura saúde e outros.
Estava anoitecendo e Cassandra precisava ir para casa, Vlad resolveu inventar de cozinhar bistecas de porco para o jantar gerando um incêndio imediato em todo o lote. Quando Cassandra chegou em casa encontrou toda a pequena mansão destruída, felizmente Vlad e Laura não se queimaram.
- É, pelo visto vamos ter que passar um tempo com papai e mamãe – disse Vladmir num tom um tanto quanto irônico.
CONTINUA...