Propriedade O conteúdo desta página é de propriedade de EiSSy. A menos que a edição seja construtiva ou de poucos detalhes, peça permissão ao autor para editar a página. |
– Oh, maravilhoso! No fim, o tal do Don serviu pra alguma coisa: encobrir a verdade! Incrível, não é preciso nem inventar uma mentira, os próprios otários já fazem isso eles mesmos! Ora, melhor para mim. Menos trabalho, afinal! Sei de alguém que vai gostar dessa notícia...
Alguém bate a porta.
– Ora... quem é?
– Sou eu – era o médico da nave, que havia tirado a memória de Laura.
– Ah, é meu verdinho favorito! Entre, por favor, “doutor”!
– Desculpe Rainha, mas se lembra daquele Rejuvenescedor, em fase de testes?
– O que tem aquilo? Deu finalmente certo?
– Infelizmente, não. Eu o testei na cobaia de vestido vermelho, mas devo ter misturado algum ingrediente errado, e ela foi clonada ao invés de rejuvenescida! O que eu faço com a clone?
– Era só o que me faltava! Sei lá, se vira! Eu tenho coisa mais importante pra fazer, não vê? – disse, apontando para o monitor, que estava sintonizado em Belavista.
– Oh sim, desculpe pelo inc...
– ESPERE! Tive uma ideia fabulosa! – disse a ET Rainha, esboçando um sorriso de dar medo.
~*~
Já fazia uma semana que Laura desaparecera. Vladmir havia feito aniversário nesse tempo, mas não tinha ânimo algum para comemorar.
Ele estava com Dina em sua casa, desconsolado.
– E aí, eles têm algum sinal sobre o sequestro de Laura? – Dina queria se aproximar de Vladmir. Gananciosa, planejava aplicar o velho golpe do baú.
– Nenhum sinal dela. Na verdade, não foi confirmado ainda que ela foi sequestrada.
– Ora, mas está óbvio que é sequestro!
– Como pode ter tanta certeza?
– B-bom... Pelas evidências.
– Acha que quem a sequestrou?
– Hum... O Don, claro.
– Eu sabia. Se até você acha que é ele, então deve ser verdade.
– Sem dúvida.
Houve uma pausa. Dina resolve inventar uma mentira.
– Olhe, vou falar a verdade: Vi quando Don puxou um saco para o porta-malas de um carro e indo embora, imagino ser La...
– O QUÊ? EU SABIA! CANALHA! VOU COMUNICAR À POLÍCIA AGORA MESMO!
“Há há! Mas esse velho acredita em tudo, mesmo!” – pensava Dina.
– Venha comigo! – dizia Vladmir, puxando Dina para o carro e partindo com tudo até a delegacia.
Assim que chegam, ele estaciona o carro e entra como um foguete na delegacia, acompanhado por Dina.
– Bom dia – Vladmir se dirige à recepcionista – você é...
– Gianna – responde a recepcionista, cordialmente.
– Preciso conversar com o delegado imediatamente, senhorita Gianna!
– Desculpe senhor, mas ele não está. Gostaria de deixar algum recado?
– Maldição! Eu o espero, então. Quando ele chega?
– Duas da tarde.
Vladmir olhou o relógio. Ainda eram oito da manhã.
– Vlad, nós voltamos depois. Porque não damos um passeio pela cidade enquanto isso? Você precisa relaxar, eles vão encontrar a Laura!
– Você tem razão, Dina. Obrigada senhorita Gianna, voltamos depois – disse Vladmir, despedindo-se da recepcionista.
– Porque não vamos a um restaurante? – sugeriu Dina.
– Não estou com cabeça, Dina. Desculpe.
– Eu insisto! Você precisa se divertir! – Dina puxou Vladmir pelo braço até o restaurante, que ficava do outro lado da rua. Ela fez a reserva e apontou para Vladmir uma mesa perto da janela com lugar para duas pessoas.
Eles se sentam e o garçom chega para anotar o pedido.
– Bem-vindos, o que vão querer?
– Olá... Luke – diz Dina, olhando para o crachá do garçom. - Eu quero um salmão grelhado e um suco de laranja. E você, Vlad?
– Hum... uma rabanada, por favor.
– Ok, já já trago o pedido de vocês.
O garçom se afastou.
– Você não existe, Dina. Trazer-me à força ao restaurante.
– Estou apenas te ajudando.
– Eu sei. Obrigado.
Um sujeito aproximou-se da mesa deles.
– Você é Vladmir Caixão, esposo de Laura Caixão, a desaparecida?
– Exato. Por quê?
– Eu sou Michael Owen, detetive particular. Poderíamos conversar a sós?
– Claro. Eu volto logo, Dina.
Vladmir e Michael saem do restaurante.
– A polícia não vai te ajudar. Andei conversando com vizinhos que relataram um suposto barulho de avião e um “clarão” mais ao menos na hora que Don diz que ela desapareceu.
– Conversa fiada.
– Contrate meus serviços e não vai se arrepender. Tome meu cartão, nós conversamos mais tarde.
Vladmir volta ao restaurante.
– O que aquele cara queria?
– Me ajudar com o caso de Laura.
O pedido chega à mesa dos dois.
– Aqui está. Bom apetite.
– Obrigado, senhor Luke – agradece Vladmir.
O garçom vai embora. Dina resolve dar sua opinião:
– Não acho que seja uma boa ideia contratar os serviços dele.
– Por quê?
– Esses detetives particulares hoje em dia não servem pra nada. Melhor confiar na polícia.
– Bom, quanto mais ajuda, melhor. Mas vou pensar no que fazer.
Os dois terminam de comer.
– Garçom! – chama Vladmir.
– Pois não?
– A conta, por favor.
O garçom Luke entrega a conta e Vladmir lhe dá o dinheiro.
– Creio que podemos ir, não, Dina?
– Pode ir, eu tenho que fazer algo antes.
– Eu lhe espero.
_NÃO! Q-quer dizer, n-não precisa. Obrigado Vlad, mas não precisa.
– Tudo bem.
– Nos vemos amanhã?
– Ok.
– Qualquer coisa que descobrir, me liga.