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Traço Doméstico (TS4)
Propriedade
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Trilha Sonora[]

Traço Musicista Cativante (TS4)
Trilha sonora
O(A) autor(a) separou para você uma música para você ouvir enquanto lê o capítulo!
Saint Asonia - Even Though I Say
(reproduzido automaticamente)

Mais Three Days Grace porque dane-se, eu acho essa música fofinha e queria uma música fofinha.

Ah, sim, essa é a segunda parte do capítulo feat. (Cassandra e Gilberto).

O Capítulo[]

O capítulo tá muito bem :D

Tô brincando, O Capítulo.[]

Naquele dia, Cassandra foi buscá-lo em seu trailer, porque ele havia vendido o carro. Gilberto estava extremamente ansioso, porque não queria que ela entrasse - todos os seus móveis eram de segunda mão, e Cassandra era uma garota rica. Não queria parecer mais pobre do que era para uma garota rica.

Mas ela parou o carro e foi entrando.

- Ah, então é aqui que você vive? - ela tentava ser educada. - Minimalista, não?
- Ahn... é, sim. Comprei quando saí de casa. Essa é a minha mansão - ele riu.
- Certamente... adorável. Mas não é muito pequena?
- Nem todos dispõem de fundos para começar - ele riu.

Gilberto 11

- Você já começou. E começou bem. Por que não se muda lá pra casa?
- O quê?? Como assim??
- É isso mesmo, eu tenho um andar inteiro sobrando! Daria para você ter um quarto e um escritório separados!
Ele ficou comovido.
- Poxa, isso é muito legal, Cassandra. Obrigado. Mas eu não poderia...
- É claro que poderia. Você não pode ficar nesse caixote, como vai receber os seus clientes aqui? Ora, vamos. Pegue as suas coisas e vamos dar o fora daqui.

Morar com Cassandra era uma perspectiva tentadora. Não por causa da mansão, mas por causa da dona. Ela era muito bonita -soube que fizera uma plástica, mas isso não importava-, e de personalidade forte, apesar do ar de mistério. Era o único tipo de mulher com quem ele já pensara algum dia em casar-se. Não que isso fosse acontecer, é claro.

Gilberto 12

No primeiro dia, ela o apresentou ao filho e mostrou a mansão. Era um garoto muito bonito e bastante inteligente, mas não se parecia com a mãe adotiva, exceto no tom de pele. Apesar disso, se não soubesse de toda a história, Gilberto não duvidaria de que era filho de Cassandra, porque os modos se pareciam bastante. Os dois jogaram bola na frente da casa, que Gusmão ficou incumbido de mostrar para Gilberto.

- Ei, cara, o que tem atrás da casa?
Gusmão riu.
- Coisas legais. Quer ver?

Ele disse que sim, esperando uma piscina, uma sauna, uma quadra de qualquer coisa com bola, e então o garoto o levou ao quintal. E Gilberto quase teve um ataque cardíaco.

- Mas... isso são... lápides??

Gilberto 13

- Tá com medo, Beto?
- Não, de jeito nenhum! É só que... é muito, muito curioso. - suas mãos tremiam - não, tudo bem. É bem desconfortável. Não sei como vocês conseguem.

- É porque somos Caixão, Beto. É natural para nós. Quando a minha mãe chegar ela te conta o resto.
- Resto?
- Bom, de alguma forma essas pessoas precisaram vir parar aqui, não é?

Gilberto conseguiu rir um pouco.

- Ei, Beto...
- O que é?
- Nada, é que você é legal.

Da forma com que Gusmão disse isso, pareceu que estava dando permissão para alguma coisa.

À noite, quando Cassandra voltou, os três foram jantar, e Gusmão pediu-lhe para contar a história.

- Por que você não conta, dessa vez, querido? Você gosta tanto da história...
- Está bem. Bom, as pessoas chamam essa casa de A Casa das Árvores Caídas.

Gilberto 17

Ele continuou contando, sempre mantendo o clima de suspense.

- Ela era possuída pela Família Minaminhoca, há 30 ou 40 anos, e, por algum motivo, eles todos morreram! De inanição ou queimados. Depois, uma moça chamada Marly Cosmos se mudou para cá, mas ela também morreu. Não se sabe realmente por quê. Há, ainda, a lenda de que dois caixões estão no porão, mas não sabemos se há realmente um porão.

- Nossa... que trágico.

Cassandra continuou a história.

- E isso não é tudo. A estátua que você viu sobre o lago é a Estátua da Mulher Vermelha de SimCity. Ela é conhecida por ter morrido queimada ao esquecer um assado no forno para atender um telefonema, e é, por isso, protetora dos assados. Acreditamos que ela tenha sido a primeira dona da casa.

- As pessoas não queriam se mudar para cá porque acredita-se que a casa seja mal-assombrada, talvez Marly Cosmos tenha morrido de susto por causa dos fantasmas, e mesmo eles podem ter morrido queimados por alguma espécie de maldição lançada pela mulher vermelha. E mesmo à noite, se você acende muitas luzes, elas se apagam. Ou não parecem brilhar tanto quanto deveriam.

- E VOCÊS VI-- quer dizer, e vocês vivem aqui mesmo assim? Não têm medo?

- Somos os Caixão - Cassandra disse, indiferente. - Não nos importamos.

Ela parecia uma rainha quando falava daquele jeito, ele pensou, afastando o pensamento como se estivesse contaminado.

Mas ele se importava, sim. À noite, ficou rolando em sua cama. Lembrava-se de tudo o que o menino Gusmão dissera, as palavras ecoando em sua mente, indo e voltando.

Gilberto 18

Seu quarto era mais confortável do que o trailer, mas aquela casa era úmida e fria à noite. Ele não tinha notado isso durante o dia. De repente, se sentiu extremamente isolado naquele terceiro andar. Pensou em levantar-se para continuar escrevendo o processo de Cassandra, mas já tinha feito isso por horas antes de se deitar. Não adiantaria.

E começava a pensar em Marly Cosos, morta de susto, na estátua da mulher vermelha, no escuro da casa, nos detalhes vitorianos... Somos os Caixão, não nos importamos, Cassandra dissera. Mas ele não era um Caixão.

Gilberto levantou-se. Não ia conseguir dormir sozinho ali. Sim, estava morto de medo. Sem entender direito o que pretendia ou o que estava fazendo, desceu as escadas e foi dar no quarto de Cassandra.

Gilberto 25

- Posso dormir com você?
- Beto? O que você está fazendo aqui?
- É que eu... é que eu...
- Você ficou com medo por causa da história?
- Ok, eu sei que é idiota. Mas é que é tudo muito novo pra mim.
- Tanto faz, mas me deixe dormir. Beto?...
- Sim?
- Quer tirar as mãos de mim?
- O - opa! hehe... desculpe.
- Gilberto...
- O que foi?
- As mãos. Tire as mãos.
- Foi mal.

Não haveria paz naquela noite.

- Beto!!
- QUE É?
- Já disse pra não encostar em mim!
- Mas Cassandra!
- O QUÊ?
- É você que está agarrada em mi--

Ele não conseguiu continuar falando.

Gilberto 26

Nas noites seguintes, entretanto, Beto permaneceu em seu próprio quarto, e Cassandra e ele quase não se falaram. Ele tinha uma forte sensação de que a moça se arrependera. Passava muito tempo com Gusmão, gostando cada vez mais do garoto, que parecia não ter medo de nada. "Somos os Caixão", ele repetia, para justificar seu ceticismo, como o fazia Cassandra. Mas alguns dias depois já não podiam fugir um do outro.

Gilberto 14

- Eu tenho boas notícias!
- Ai, finalmente! O que é?
- Bom, a primeira fase já foi. O juiz aceitou a alegação de que você tem direito a frequentar a casa, que é sua, mas ainda não expediu a ordem, então você não pode ir lá. - de qualquer forma, Cassandra estava sorrindo - E hoje pude iniciar outro processo para que assistentes sociais vejam o seu pai.
- Oh, mas isso é fantástico! Estou tão feliz! - e, quando Gilberto deu por si, precisou segurá-la para que não caísse.

Gilberto 15

Era musculosa e delicada como ele se lembrava, e ria como uma adolescente, como rira naquela noite que ele custava tanto a esquecer. Mas Cassandra pareceu acordar de um sonho, e tratou de voltar a colocar os pés no chão.

- Opa. Me desculpe, Beto! Isso foi... acidental e desnecessário. Eu de repente tinha me sentido tão...

Gilberto 16

- Não, tudo bem! Foi engraçado, foi... você está feliz, é isso. E espero que logo te dê motivos para ficar mais feliz. Cassandra, você está bem? De repente ficou meio pálida.

- Estou. Não é nada. Não estou muito bem hoje. - Ela começou a andar em direção à escada, virando-se para falar com ele - E você, eu o machuquei? Não? Está bem.

Cassandra fez o melhor possível para chegar ao vaso sanitário antes de o show começar.

Gilberto 27

Ah, mas que droga!, ela pensou. Eu nunca tinha sentido nada assim antes de... ah. Pelo. Observador. Ela vinha tendo enjoos desde que passou a noite com o advogado. E ele nem me procurou de novo!, pensou, não pela primeira vez. Vinha tendo crises de consciência pesada e auto-desprezo frequentes desde o incidente. Sempre fora pensativa, mas agora os pensamentos pareciam bombardear sua cabeça. Preocupação com o pai. Raiva da madrasta. Sensação de estar abandonando o filho. Culpa, culpa, culpa. E agora, mais essa.

Deixou completar um mês antes de fazer um exame - e aí já estava tão nervosa com todos os problemas que a surpresa a deixou infeliz. Foi até o corredor e encontrou Beto de roupão, saindo do banheiro, e o arrastou até seu quarto.

- Você não devia ter se enfiado na minha cama, seu cretino!
- Ei, Cassandra! O que é isso, o que está acontecendo?
- Eu deveria ter te expulsado do meu quarto no momento em que você entrou nele! - E você nunca mais me procurou, nunca mais me procurou!
- Ei, espera aí! Você está falando como se eu tivesse me aproveitado de você!
- E não foi isso o que você fez?

Gilberto 29

Gilberto ficou chocado com a informação.

- Cassandra! Como você pode dizer isso? Não seja hipócrita, eu jamais teria feito nada que você não consentisse!
- A culpa é sempre da vítima, né?
- Eu - ele gaguejou - e-eu não sou esse tipo de homem! Vou sair da sua casa agora, está bem assim?
- Não, você vai ficar onde está!
- Por quê?
- Porque você vai ter um filho, eu estou grávida!

Gilberto 30

- EU NÃO ACREDITO! - Mas Cassandra começou a cair em si, e não conseguia parar de falar.
- Ah, mas que droga! Me desculpe por... todas as idiotices que eu acabei de dizer. Eu só... eu sempre faço isso, não consigo lidar com as coisas e fico procurando alguém para culpar, eu odeio essas explosões, sempre tento controlá-las, e as pessoas ficam achando que eu não tenho coração, Cassandra é do tipo quieta e misteriosa, eles dizem, e, ah, pelo Observador, pelo Observador, como é que eu vou passar por isso tudo com um bebê?

- Comigo. Eu estarei com você. Vamos passar por tudo isso juntos, nós quatro. Nunca estive mais feliz em toda a minha vida!

Engravidar e ter um filho era o maior sonho de sua vida, desde sempre. Por causa dele, havia levado o relacionamento com Don até o extremo, até ter certeza de ter chegado em um ponto em que não havia mais como prosseguir, e se arrependera tanto. Tinha medo de se arrepender por causa de Beto também - fazia muito tempo que não se aproximava tanto de um homem, e proximidade era ruim.

- E você deveria tomar um banho também, porque vamos sair.
- Como assim vamos sair?
- Eu tenho boas notícias. O Juiz entendeu que você tem o direito de ver o seu pai, já que não o prejudicou, e que nada pode impedi-la de ter acesso à casa, desde que esteja com escolta policial. Então nós vamos até aquela delegacia exigir uma viatura.

- Bem, espero que dessa vez dê certo - ela disse. Não vou criar expectativas só para me decepcionar depois, pensou, entretanto.

Mas com Beto a seu lado tudo era mais fácil. Chegar naquela sala, sempre abafada, que lhe trazia lembranças tão ruins, ainda mais não sendo a protagonista, porque foi Beto quem, armado de sua pose de advogado, falou, à nova atendente:

- Bom dia, policial. Nós gostaríamos de solicitar uma viatura para nos acompanhar à Avenida Sim, número 5.

Gilberto 32

- Vocês têm autorização judicial?
- Temos, aqui está.
A mulher analisou o papel cuidadosamente. Beto a encarava com expectativas, e Cassandra, com impaciência, enquanto ela parecia querer decorar cada letra escrita ali, até que, por fim, ergueu a cabeça e disse
- Está bem, a senhora pode ver seu pai. Uma viatura irá acompanhá-la.

A primeira coisa que Cassandra percebeu é que Beto tinha suado de nervoso. A segunda, que estava rindo de forma que beirava o retardamento, e a terceira, que ele a abraçava e erguia do chão. Pela primeira vez em anos, sentiu-se segura.

Gilberto 33
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