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Quando ela abriu os olhos, estava numa pequena sala, toda pintada de branco. Havia uma luz muito forte sobre ela.
A única coisa que pôde distinguir naquele ambiente foi uma porta. Tentou abri-la, mas estava trancada. Começou a gritar apavorada:
– Socorro! Socorro! Socorro! Tem alguém aí?
Ninguém a respondeu. Ela estava sozinha naquele lugar completamente desconhecido. Teve a sensação de estar num avião, pois a sala se sacudia vez ou outra, como se ela estivesse realmente a bordo. Depois de alguns minutos procurando uma saída, sentou-se no chão e começou a lembrar-se de sua família.
Após uma longa reflexão, lembrou-se do que aconteceu antes dela ir parar ali.
– Tem certeza que vai mesmo a casa desse homem? – dizia Vladmir – ele é um cafajeste, Laura!
– Ora Vladmir! Você mal o conhece! E a Cassandra confia muito nele! Eu quero conhece-lo melhor! Quando conversei com ele pela primeira vez, ele parecia tão triste... Não quero tirar conclusões precipitadas!
– Ok, meu amor, já vi que não tem jeito de fazê-la mudar de ideia. – Vladmir dá um beijo na Laura e se despede - Até logo, querida! Cuidado c– om esse homem!
– Tudo bem – diz Laura rindo da desconfiança do marido – até logo.
Alguns minutos depois, lá estava Laura tocando a campainha de Don.
– Laura, é você! Entre, por favor! Laura sorriu e entrou.
– Você está linda como sempre!
Laura agiu naturalmente, sua beleza já atraiu esse tipo de comentário de outros homens.
– Obrigada, gentileza sua.
– Sente-se, por favor. – dizia Don, puxando a cadeira para Laura. – Eu gosto muito de sua presença, sabia?
– É mesmo?
– Sim... – Don começa a se aproximar do rosto de Laura e lhe rouba um beijo. Laura o empurra e, ainda surpresa com o ato do garanhão, sem dizer uma palavra, levanta-se da cadeira. Já se dirigindo à porta, sente um puxão no braço.
– Por favor, Laura, me desculpe, eu gosto muito de você, e não pude resistir, eu... Por favor, perdoe-me! – Don já estava ajoelhado, implorando à Laura o perdão.
– Ai Don, você não tem jeito mesmo! Acalme-se, eu te perdoo, mas agora levante-se desse chão!
Don se levanta e convida Laura:
– Venha, eu tenho um telescópio bem aqui, adoro passar as noites vendo as estrelas nele.
– Vladmir também adora ficar observando-as. Deve ser bem interessante, né? Posso olhar?
– Claro! Eu vou ao banheiro, volto logo! Fique à vontade!
Enquanto Laura observava distraída o céu estrelado, algo se aproximava por detrás dela. Uma coisa redonda e prateada. Um buraco abriu-se debaixo do objeto, e nele uma luz branca surgiu. A luz sugou Laura.
O pensamento de Laura foi interrompido quando ela viu a porta se abrir. Duas criaturas de pele esverdeada foram na direção de Laura com algo nas mãos, uma espécie de granada. Jogaram o objeto no chão, e rapidamente uma fumaça cinza se espalhou por toda a sala. Laura começou a se sentir sufocada. Caiu no chão, tonta. Havia desmaiado.
Quando ela voltou a si, estava deitada numa cama. Ao redor do lugar – com aparência de uma sala de cirurgia – havia um monte de gerigonças médicas.
Observando mais um pouco o lugar, encontrou uma criatura virada de costas, que também possuía a pele verde e usava um jaleco.
Chega ao lugar uma outra criatura verde, com aparência feminina e maquiagem carregada.
– Então, acabou?
– Sim, senhora.
– Explêndido! Vamos, saia do meu caminho, preciso ver se fez um bom trabalho.
Ela se aproximou de Laura. Fez que ia dizer algo, mas Laura perguntou primeiro:
– Desculpe, mas que lugar é esse?
– Não lembra o que aconteceu, querida? – a criatura exclamou, com uma ponta de ironia na voz.
– Não, sinto-me tonta...
A criatura verde apenas se levantou e foi se retirando do lugar, soltando uma estranha gargalhada.
– Espere! O que farei com ela? – dizia, apontando para Laura.
– Sei lá, use-a como cobaia, faça o que quiser. Mas mantenha ela LONGE de Belavista! Agora, com licença, preciso fazer uma ligação...